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quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Part I - Reflexões de um Cadáver

Foi bastante rápido, quando vi já estava no outro lado da rua. E eu pensando que seria lento e com muita dor. Nem mesmo a tal luz no fim do túnel eu vi, a única luz que vi foi a porra da lanterna daquele carro preto antes, de me jogar a cinco metros de onde estava.Só deu tempo De pensar OH UM CARRO... puf já foi. Está certo que a culpa foi minha, mas e daí, eu não sou o único a atravessar a rua sem olhar, infelicidade minha digo eu, pois nunca acreditei que eu teria um dia e um lugar predestinado a morrer, estava no lugar errado na hora errada somente isto... Após toda aquela frescura do motorista gritando feito um louco... ”Meu Deus, Meu Deus o que eu fiz.” Porra cara! Deus... O que Deus tem a ver com isso? Se tu e um babaca que não sabe dirigir a culpa não e dele, nem mesmo da anta aqui que não olhou a rua antes de atravessar. Mas enfim a ambulância chegou toda aquela lenga lenga, de brincando de sovar o cadáver bem divertido, mas parecia uma massagem, ora depois disso quem sabe relaxar no ofurô, acupuntura talvez ... Nunca fui de ter um senso de humor “bonitinho”, oras depois de morto isto não iria mudar nê! (Ironias e sarcasmos sempre foram meu forte, e depois de morto parecia que isto só veio a florescer mais.) Achei um tanto que estranho estar ali vendo eu caído como um vegetal cozido coberto com molho vermelho...Pensei ta e ai acabou? Acabou nada parecia que com o fim daquela miserável vida que levava ganhei uma nova, mesma merda, mais uma merda nova...
A Morte de Sócrates - Jacques-Louis David

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