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quarta-feira, 27 de maio de 2015

A Alma Triste Até a Morte

Pela janela vejo a rua
pingos de chuvas caem ao chão
sobre a escada uma pessoa morta 
com uma rosa na mão 

Sua cicatriz marcante 
posso enxergar, mesmo distante
marcas de tombos da vida
que foi muito sofrida

Morrer de corpo
morrer de alma
morrer tão completamente 
descasar um corpo, libertar a alma, é ruim?

...

Escorado em um canto escuro 
deixo meu corpo se molhar 
retirar o sangue de minhas mãos
dali fito de longe 
olhos atentos em uma janela superior 

Seus olhos atentos observo e fico distante 
uma ultima olhada ao corpo ao chão 
hoje já não tenho rosas em minhas mãos

retornarei pela escuridão
Mas voltarei 
para encarar aqueles olhos do andar superior 
não mais distante então 
próximo meus olhos estarão
Como quem observa a alma 
no fundo do olhar.

*Por Thamires Luana e Eduardo Lima

domingo, 17 de maio de 2015

Notas, Poemas, Melodias

Entre algumas musicas, livros, poemas e é claro café.
Olhos cansados, debruçados sobre os livros, as palavras são o mais confortável travesseiro e minhas pálpebras cobertores quentes e aconchegantes.
A cima de minha cabeça as notas se desprendem da vitrola, tiram para dançar algumas poesias que deixei ali atiradas, incompletas.
Mas que graça seu dançar...
leve 
solto 
a planar 
as rimas 
são guiadas 
pelas notas 
à dançar 


Que bela rima penso eu um pouco antes de meus olhos fechar, espero lembrar assim que acordar, por hora um último suspiro antes do sonhar.

Melodias Noturnas

Nas madrugas no compasso do relógio componho uma melodia 
uma novo música, cantada apenas para meus ouvidos e mais ninguém
 meu pequeno amigo aqui do meu lado que late e busca carinho 
para você faço um ensaio 
Está música um pequeno poema rimado 
dedicado a alguém 
alguém que não está aqui do meu lado 
alguém em outro quarto 
outra cama 
outros braços 
Mas na solidão de meu quarto 
não completo meu vazio 
pois junto a mim 
mais uma melodia 
uma música 
e um amigo que sempre busca meus afagos.

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Dragão Vermelho

O que vê homem de chifre?
o que és homem de chifre?
se de fato um homem é

O que admira horrorizada a mulher aos teus pés?
o que te pedes? 
clemencia
morte
ou paz?

Reza por ti 
tal mulher 
fuja deste lugar 
busque abrigo longe daqui 

Quem és tu 
que queima o horizonte 
que se esconde na sombra 
que murmura em silêncio 

O que toca com tuas asas 
além dos céus?
Se no céu pode chegar 
ou apenas queima no inferno?

Um pobre diabo talvez 
um anjo caído 
fugindo dos céus 
ou apenas tinta?

O que és criatura 
que se esconde na moldura 
de um velho quadro empoeirado 
és verdade?
ou apenas tinta...



terça-feira, 12 de maio de 2015

Silêncio no Tablado

No silêncio da escuridão as luzes uma a uma começam a dar o compasso.
Passos ao longe ecoam pelo chão...

_Silêncio 
Um vulto grita...
como um fantasma, um espirito que se esconde entre as cortinas rubras, fugindo de olhares mortais.

As cordas ganham vida, iluminando o tablado escuro, cheio de novas melodias, dedos e mãos, vozes e gritos chamam a plateia. 
Palmas para aqueles que na cortina ainda estão.
As palmas e melodias são o chamado, para o começo do espetáculo. 
Um a um a encher o pequeno espaço, dentro daquele velho tablado.

Luzes acesas por completo e o que se revela para os que ali estão sentados, não são espíritos, almas penadas ou pobres diabos atormentados, são homens, mulheres e crianças ligados pelo ritmo, pelo ritmo daquele velho tablado. 

Cada canto é preenchido, não apenas por mesas, mas completado por melodias, pela dança e pelos corpos que juntos se encontram naquele velho tablado.

Mesmo aqueles sentados, tão comportados, não conseguem se manter calados, imóveis. Um balançar de pernas, estalos com os dedos, palmas para todos os lados e ainda aqueles que são levantados, abandonando suas cadeiras vazias, dançando com o vento, abraçados pelas melodias.  

-Silêncio 
Alguém grita...

Retornando assim para escuridão do fundo do tablado, silêncio, as melodias, as palmas são guardadas, para outra noite, para que outros renasçam dentro daquele velho tablado. 


Eternamente Eterno ou Algo Assim

Eternamente eterno enquanto dure ou algo assim 
já nem sei quando dar corda no relógio 
para ganhar uns minutos a mais 
uns minutos a menos talvez 
nunca se sabe 

Eternamente eterno aquilo que perdura 
como uma taça de cristal frágil
 em uma mão bruta 

Eternamente eterno aquilo que queima 
como brasa acesa 
mas que mesmo assim ainda esquenta 

Eternamente eterno aquilo que vive 
respira 
que sente 

Eternamente eterno
enquanto morrer 
enquanto viver

Eternamente eterno 
como a duração de um único beijo 

Eternamente 
até a página final
eternamente eterno 
até o ponto final.



sexta-feira, 8 de maio de 2015

Dia Frio, Café Quente

Aquele frio!
Hoje o sol estava com mais preguiça do que eu deve ter perdido a hora, seu despertador a lua não ativou a função soneca, mais cinco minutos não seriam o suficiente.
Escolho um cachecol, hoje o clima pede uma proteção extra para o pescoço, botas nos pés, uma calça mais grossa mais confortável e não se esqueça do casaquinho, diria minha mãe ou qualquer outra mãe.
Pó de café, filtro e água quente, assim começa o dia, antes de sair pela porta, respirar o frio se tornar um trabalhador.
Dou uma encarada ao céu, onde o sol pode estar em sua cama? Sol tem cama, uma caminha feita de estrelas, galáxias e planetas, tanto faz, sei que eu estou aqui e ele não.
Aquele frio!
As pessoas na rua estão encolhidas, cobertas, justo séria sentir o frio do quarto até a cozinha, da cozinha até o banheiro, do banheiro até o quarto.
Nada que um bom casaco não resolva, se sol não tenho, por hora um café quente em minhas mãos de hora em hora.