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terça-feira, 26 de agosto de 2014

O Fim - Epitáfio Dourado

No epitáfio de letras douradas 
júbilos desfeitos 
sonhos sepultados 
apenas três palavras para uma vida inteira 
inicio 
meio 
fim
...



O Meio - Vida Vazia ou Cheia

Das incertezas entre o viver e o morrer 
aventuras 
monotonia 
uma vida cheia ou vazia
alguns esperam pela morte 
neste mundo não te cabes o sonhar 
alguns com anseio do viver 
em caixões tais não vão permanecer 
...

O Inicio - Nomeado

Nas marcas de tinta fresca
 da certidão de nascimento
nome recebido
ao qual de Eduardo fui nomeado
e ao mundo dos vivos fui lançado
...

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Aniversário de Nascimento/Morte

Hoje é o dia mais especial do ano para mim, hoje recebo as glorias e as lembranças de terceiros, hoje é o dia de minha morte, vinte e três anos que estou morto, lembro bem, dia vinte e cinco de agosto de mil novecentos e noventa e um, em uma noite fria, chuvosa de inverno, mais precisamente a meia-noite e trinta minutos(sem segundos ou minutos, hora exata, fixa e sem mudanças) eu morri.
Fui jogado em um mundo que posso dizer ser a vida, mas quem sabe seja a morte e mais ainda uma vida morta, não sou o único outros tantos perdidos e no fim todos somos os perdidos, entre uma vida e uma morte ou uma morte e uma vida, as vezes parece que tanto faz.
Nasci das palavras e morri por elas, mas morri por elas e renasci por elas também, em uma certidão de nascimento fui lançado a vida e em uma certidão de óbito retirado da existência e me tornei lembranças.
Não me recordo o motivo de minha morte nem se nasci de cesariana ou parto normal, quando percebi estava chorando, respirando...
Quando percebi estava enterrado, sufocado em meu caixão...
Recebi um nome que um dia foi retirado de mim, tive o conforto de familiares e amigos e um fim em uma caixa pequena com um terno de segunda mão.
É mais uma data de meu aniversário de nascimento ou de morte, já nem sei mais e não importa também, pois se talvez na morte eu possa viver, quem sabe na vida morto posso já estar.


sábado, 23 de agosto de 2014

Das Rosas

Das rosas mas não digo as de Pixinguinha 
ou das rosas de Caymmi 
são outras rosas 
nem tão famosas 
mas formosas 
como rosas devem ser 

Em um vaso 
cresce despercebida 
cada botão de rosa 
mais uma vida 
colorindo o meu dia 
mais uma rima

Deitada sobre o raios do sol 
das rosas vermelhas 
das brancas também 
e das outras que nem sei 
cresce pétala por pétala
famosa és também.

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Café Avenida

Em noites quentes, mas não quente de calor escaldante e ar abafado, mas aquele quente convidativo, agradável de céu estrelado, limpo e de luar radiante, uma noite que ficar trancado dentro de casa chega ser um pecado e onde aquele trecho de Lenine diz tudo “...a lua me chama tenho que ir pra rua...” e assim vou. Andando, aleatoriamente, sem rumo sem direção em certos momentos inclusive de olhos fechados, vou sendo guiado pela noite e não por minha vontade, andei sobre o luar iluminando meus passos e sendo levado pela brisa noturna de uma noite incomum. Andei por andar sem saber aonde chegar e nem pensando em algum lugar estar, apenas andei, o ar fresco e o luar radiante ficaram por segundo plano, a noite estava com um cheiro distinto, mas um cheiro bom, um cheiro que conheço muito bem, sinto ao longe um vapor de café passado, a vontade de caminhar retorna ao meu controle e sigo o aroma que me prendeu.
Alguns metros a frente um café, Café Avenida diz em sua faixada, dois andares de uma casa histórica, dois andares convidativos, mesas na rua, dentro também que me chamam para sentar, atravesso a rua sem pressa sei que meu café por mim espera, o café não está lotado, mas não digo vazio também, está na medida.
Escolho um canto qualquer, prefiro os cantos assim posso melhor observar os que chegam e os que vão e os outros tantos que ali já estão, com um gesto delicado sinalizo ao garçom, sem falar apenas gesticular, no Café Avenida os garçons sempre sabem basta olhar e um leve sinal fazer.
Em poucos instantes meu café já está a minha frente, fumegante xícara branca sem detalhes, sem desenhos apenas uma xícara simples, branca, manchada por outros cafés.
Dentro do Café Avenida a hora não existe e o que de hora conheço é um relógio quebrado marcando sempre 20 horas, o tempo parou para um café eterno, dentro do Café Avenida é sempre noite e as cores são todas em tons de cinza é um ponto perdido na noite, mas somente em noites agradáveis como esta, quente, mas nem tanto, de ar fresco e convidativo, noite que ficar dentro de casa é um pecado, mas Café Avenida sempre aberto está em noites assim, para chegar basta andar, mas sem desejar, seguir por caminhos que o luar vai iluminar e que a brisa da noite vai lhe carregar e quando sentir o cheiro do café passado, basta entrar e em uma mesa sentar, pois no Café Avenida sempre tem lugar.

sábado, 16 de agosto de 2014

Depois do Felizes Para Sempre

No fim 
mas no fim mesmo 
depois do ponto final 
nem tão felizes assim 

Depois do fim 
quem garante que o Príncipe disse sim 
ou que a Princesa era linda ao acordar 
depois do fim 

Quantas palavras 
estavam em entrelinhas 
as verdades das fadas 
as bruxas nem tão malvadas assim 

No fim 
mas no fim mesmo 
não houve drama 
nem lágrimas de paixão 

No fim era o interesse
apenas imaginação 
de um conto de fadas inexistente 
na cabeça de um escritor 

No fim 
mas no fim mesmo 
não está no livro 
o começo é depois do ponto final  

No fim 
mas no fim mesmo 
ele não existe 
é apenas o principio do Era uma Vez.


sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Origem: Poesia

Então digo 
que da poesia eu nasci 
mas que mentira 
nasci de minha amada mãe 
mas se o mundo é feito de poesia 
então poesia 
minha mãe também é

Se de poesia ela é feita
assim como o mundo todo é
e tantos outros nascidos
e os que ainda não
poesia hão de ser
mesmo sem nascer

Origem do ser
poesia no viver.



terça-feira, 12 de agosto de 2014

Vira Lata de Poesias

Em praça pública um homem grita, chamando a atenção de todos a sua vista:
-Eis aqui um poeminha lindo, moldado para você que ai está do outro lado da rua, que me olha com olhar de descrente, mas mantém um algo mais de displicente, tristeza em seus olhos marejados consigo ver, não me importa o que lhe faz sofrer, então barganho uma poesia para lhe desentristecer, não precisa chegar mais perto, pois se me escuta sabes que é você, então abra seus ouvidos e junto o seu coração e escute e sinta as palavras com toda dedicação:
Se chora não sei o por que 
se triste está 
deixa pra lá 
escuta está poesia 
que dedico a você 
então sorria 
pois de lágrimas 
a vida já está cheia 
melhor o gosto de choro doce 
do que choro salgado
sorria 
sorria
...

-Meu amigo compreendeu e desentristeceu, então siga essa vida e se chorar que seja de ALEGRIA...
E a outros que aqui vejo, calados, cegos e cinzas, onde foram parar suas cores? Eu mesmo tenho várias se assim desejarem posso emprestar, mas só se for bem usada e abusada, cor cintilante para todos os gostos e estilos, temos do rosa choque ao vermelho sangue, quem desejar pode chegar, vamos colorir o que branco e preto está e para esses e todos os outros, viva a vida com cores e mais cores:

De preto e branco 
já estou cheio 
coloque aqui seu dedo 
nesse azul radiante 
misture com o verde 
e veja o que acontece 
uma nova cor 
nova para o mundo 
assim como outras 
esperando 
sua mistura 
então pinte 
quero ver o arco-íris 
em seus olhos 
em suas vidas
...

-Bom vejo que meu trabalho aqui já foi feito e muito bem pago hoje eu fui, são tantos sorrisos que minha mala vai explodir, mas não se preocupem esses que estão sobrando eu jogarei pelo meu caminho para outros tantos sorrirem junto comigo, pois do que me vale um sorriso tão sozinho? 
Então eu vou seguindo meu caminho para outros tantos não rirem mais sozinhos
...



segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Tempestade

Tempestade
se aproxima
poesia na mente
lápis no papel

Raios 
trovões 
fotografias no céu 
então
...

Chove
molha 
e o vento sopra 
sopra tudo para longe e para longe tudo sopra

Tempestade 
se aproxima 
mas logo vai embora 
volta outro dia 
tempestade sempre volta.

domingo, 10 de agosto de 2014

Continue... / E Sobre um Incentivo

Continue...
Sempre com os três pontos a frente, desses três pontos segue a vida segue um rumo, além dos três pontos existe o infinito, então continue...
Os três pontos são a porta para tudo, sem a certeza do que está logo a frente, sem a ansiedade e assim por consequência a dor por um possível erro, que também é natural, três pontos que são muito, muito além do que apenas três pontos, são a certeza e a incerteza, um sim, um não, mas sempre um talvez.
Então apenas continue, mas não se esqueça dos três pontos em sequência
...

Sobre um incentivo 
ao qual todos precisamos 
palavras são expressões 
e as expressões precisam das palavras.
Parei em uma festa lotada uma conhecida desconhecida 
que não muito meia dúzia de palavras troquei ao longo do passado e da vida
mas mal sabe ela que conversa comigo e outros tantos por suas palavras 
pois com esse pensamento tomei a liberdade de diretamente a ela falar 
e agradecer pelo simples fato dela escrever 
estranho, sim 
não é algo que eu faça 
mas o fiz 
e o fiz pois assim deveria, pois compreendo 
intendo 
como não é fácil continuar 
a escrever até mesmo sonhar 
olha eu colocando poesia em tudo é quase automático
mas voltando a ela 
hoje me pego lendo um de seus textos ao qual sou citado 
e feliz devo dizer que fico 
pois ajudei 
e assim o faço tantas outras vezes que precisar 
só por momento 
continue 
a escrever continue 
só continue 
... 

Aos Pais os que São e os que Não São

Dia dos Pais, aquele dia de abraçar seu pai, beijar, agradecer, sorrir...
Dia dos Pais, mais um dia como qualquer outro, outros dias para abraçar, beijar, agradecer, sorrir...
Aos Pais, aqueles que são e os que apenas fingem ser, aos filhos que são e aqueles que fingem ser.
Feliz dia dos Pais para alguns que é apenas no dia 10/08 e de resto nada importa.
Mas vamos longe, muito longe, Pai vai além de sangue vai além de nome, vai além de ser parecido ou de pensar que assim é, Pai cria, educa, brinca, erra, acerta... E mesmo que sangue seja distinto Pai são outros tantos, vários ao longo da vida, temos um Pai que o chamo de oficial, mas mesmo o oficial pode ser passado para traz por um substituto, então feliz dia dos Pais aos que são e os que não são e para aqueles que um dia vão ser também.

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Um Tigre no Banco dos Réus Part I

Há poucos instantes foi divulgada a nota de que o Tigre Sanguinário Assassino Sem Coração vai ser levado ao júri popular, o apelo da pobre criança e de seu pai junto com o clamor da sociedade levou o Juiz Hipócrito a aceitar o pedido e levar o mentor do quase assassinato da criança ao banco dos réus.
 ... 
Estamos ao vivo aqui na porta do tribunal onde lá dentro acontece neste exato momento o julgamento da história da humanidade, de um lado um animal selvagem sedento por sangue inocente, do outro uma pobre criança que apenas queria aproveitar o Domingo no zoológico com seu amado pai e acabou sendo atacado pelo animal, o tigre feriu gravemente o braço da criança que se salvou por milagre é o que dizem, mas como grande consequência teve o braço amputado, fique ligado em nosso canal que a qualquer momento podemos ter novas informações, desse que é o maior evento de nossa sociedade.
 ... 
 O Juiz Hipócrito com sua elegância e porte entra na sala uma voz grossa ao fundo grita em direção aos que estão sentados:
-Todos de pé para receber o estimado Juiz -
Todos em uma sincronia quase que ritmada levantam-se e logo após sentam-se novamente. O Juiz passa os olhos pelos papeis a sua frente logo após encara o animal, claro em uma jaula, não foi permitido andar livremente pela sala, do outro lado o menino e seu pai, o menino com os olhos molhados e vermelhos de tanto chorar chega a tremer ao encarar seu quase assassino.
 ... 
Ainda não temos nenhuma informação sobre o veredito do caso, mas aqui na porta do tribunal uma multidão espera o resultado, muitos estão ao lado da criança e pedem a pena de morte para o Tigre, temos aqui José Alfredo que acha justo a pena de morte para o animal, segundo ele a pobre criança não tem culpa, pensava que apenas uma grade poderia proteger ele da fera, mesmo que fosse uma grade ao qual poderia colocar seu braço, não acredita que a criança seja a culpada, é uma criança inocente e racional, o tigre é a fera tanto que estava em uma jaula isso já diz tudo.
Temos aqui a opinião de Dona Marieta que é a favor do Tigre, segundo ela o animal não é culpado pelo fato de ser animal, não sabe o que faz é irracional, é movido pelo instinto, não merece a pena de morte, mas que seja jogado em uma selva que é seu lugar.
É meus amigos por momento é só, logo voltamos com mais um boletim sobre o caso do Tigre Sanguinário a Fera do Zoológico.
 ... 
 -Vamos escutar agora o fato pelas palavras da criança, por favor, Fulaninho de Tal aproxime-se, pois então conte o que ocorreu com você no dia em questão.
Fulaninho de Tal já desaba no choro, as lágrimas escorrem por seus olhos, mal consegue falar, respira fundo e então começa a falar:
-Pois é eu só queria falar com o Tigre, eu sempre imaginei que os animais podiam nós entender, eu só queria dizer que gostava dele e que achava ele muito lindo e que sonhava ter um Tigre ou até mesmo ser um.
Mas eu não sei por que motivo ela apenas me atacou eu estava ali olhando para ele e do nada ele pulou e me puxou para a grade quando eu percebi e já estava caído no chão, meu braço sangrava muito e ele estava em minha frente e me olhava com uma cara de mal, parecia estar gostando da cena, eu sei que depois não me lembro de mais nada meu pai disse que eu desmaiei...
... 
Ao que parece o menino já falou para o Juiz, por momento não temos nenhuma sentença, e em uma forma de desdém total com a população e com o próprio Juiz parece que o Tigre ficou calado e não falou, não se defendeu nem se acusou, será o silêncio do animal a prova de sua culpa? O tribunal entrou em recesso antes da sentença, ficamos na espera do veredito final...

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Barquinho de Papel

Uma dobra aqui, outra ali, aperta aqui, solta ali, moldando pouco a pouco e o que ontem era noticia, impressa ou apenas um jornal velho agora é um grande navio, pirata talvez?
Quem sabe...
Navegando por águas misteriosas, fluindo por entre os dedos, água molha, água entra, água tenta, mas  barquinho não afunda, balança, quase vira,  mas barquinho que é barquinho não se entrega.
Menino grita, corre ao lado, não perde de vista seu tão amado brinquedo.
Barquinho fica parado, preso entre uma pedra e folhas coloridas, menino cutuca e empurra seu barquinho para seu rumo...
-Navegando sempre, barquinho parado não é barquinho!- Grita ele.
E vai e foi, barquinho não para só vai e vai e como vai, tão belo a balançar, quase virar, mas barquinho sempre fluindo, desejando mais.
Barquinho que é barquinho não afunda, nem bola de papel vira, muito menos jornal velho volta a ser, barquinho só balança, mas veja bem barquinho vai sumindo no fim da rua, caindo no bueiro, mas não fique triste não menino, barquinho não afunda, só deságua na imensidão do mar e de lá barquinho só vai e foi, navegando sem parar.

domingo, 3 de agosto de 2014

Lá e Cá

Lá onde minha mente está 
longe 
longe 
fica por cá 
desejando um lá 

Lá de cá 
cá de lá 

Cá onde minha mente está 
perto 
perto 
fica por lá 
desejando um cá 

Lá 
bem longe 
bem perto
fica cá comigo 
ou vamos juntos para lá

sábado, 2 de agosto de 2014

Poesia ao Longo do Tempo

Que doce pedido recebo 
de um desconhecido 
mas que erro esse meu 
retiro o des e fico com o conhecido 
E volto ao inicio 
que doce pedido recebo 
e concedo uma dose de poesia 
não a toa nem ao nada 
penso nela 
que longe está e que sozinha permanece 
mas que erro meu novamente 
sozinha não 
pois a ela mando uma poesia 
uma dose de alegria 
e digo mais 
se ela me inspira a distância 
e longe de seus olhos estou 
e mesmo assim escrevo 
penso aqui em silêncio 
assim só para mim 
que tipo de poesia 
escreverei em sua 
doce companhia... 
Mas ai já é outro lado 
por momento é por aqui 
mas prometo 
outras poesias 
ao longo do tempo.
*Musa Inspiradora  
Daniela Tauana Malheiros 

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Fim do Dia

Pelo fim 
de mais um dia 
cidade escura 
molhada e fria 
pelo fim 
de mais um dia
horas
segundos 
pelo fim 
do fim 
de mais um 
dia
pelo fim mais uma vez 
e amanhã novamente 
assim como ontem 
pelo fim de hoje também.