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segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Barquinho de Papel

Uma dobra aqui, outra ali, aperta aqui, solta ali, moldando pouco a pouco e o que ontem era noticia, impressa ou apenas um jornal velho agora é um grande navio, pirata talvez?
Quem sabe...
Navegando por águas misteriosas, fluindo por entre os dedos, água molha, água entra, água tenta, mas  barquinho não afunda, balança, quase vira,  mas barquinho que é barquinho não se entrega.
Menino grita, corre ao lado, não perde de vista seu tão amado brinquedo.
Barquinho fica parado, preso entre uma pedra e folhas coloridas, menino cutuca e empurra seu barquinho para seu rumo...
-Navegando sempre, barquinho parado não é barquinho!- Grita ele.
E vai e foi, barquinho não para só vai e vai e como vai, tão belo a balançar, quase virar, mas barquinho sempre fluindo, desejando mais.
Barquinho que é barquinho não afunda, nem bola de papel vira, muito menos jornal velho volta a ser, barquinho só balança, mas veja bem barquinho vai sumindo no fim da rua, caindo no bueiro, mas não fique triste não menino, barquinho não afunda, só deságua na imensidão do mar e de lá barquinho só vai e foi, navegando sem parar.

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