O ano se encerra e o outro novo inicia e todo aquele blá blá blá que o show da virada faz, o script é sempre o mesmo e geralmente as celebridades da tv também e os desejos para o novo ano estes sempre se repetem.
Fazer aquele regime, mudar de emprego, sorte no amor, sorte no jogo, melhorar relacionamento com a família... E mais um tanto de coisa que geralmente esquecemos na primeira semana de janeiro ou que são perdidos entre as folias de carnaval.
Mas tudo bem, logo mais quando perto da meia noite todos com os olhos vidrados na tv vendo o Rei cantar ou Renato Aragão discursar saberemos que o ano tem seu fim, logo após será aquele espetáculo todo é bom colocar para gelar aquele espumante de péssima qualidade que estava em oferta no mercado, comer umas uvas secas e já sem gosto pois foram as últimas que restaram nas gondolas da fruteira, abraçar todos os vizinhos aqueles mesmo que durante todo o ano você nunca olhou na cara, mas é só por hoje amanhã ao acordar toda essa fantasia já terá acabado e você pode retornar para sua vida e idealizar os próximos desejos que nunca serão cumpridos.
Quanto a mim, vou deitar e ao som dos fogos tentar dormir e um pouco antes da meia noite quando próximo de apagar e me entregar ao sono vou apenas pensar feliz ano velho.
Onde o tudo pode ser o nada e o nada acaba por se tornar o tudo. Uma verdade incerta, um questionamento absoluto.
terça-feira, 31 de dezembro de 2013
domingo, 29 de dezembro de 2013
A Caixa dos Sonhos Perdidos
No prédio mais alto, na última sala do último andar e atrás da última porta se encontra uma caixa nem muito pequena nem muito grande ela não é muito larga nem muito estreita muito menos muito alta nem tão pouco muito baixa.
Dentro dela nada de tralhas, papeis, brinquedos ou qualquer coisa comprável, dentro dela apenas sonhos, apenas sonhos perdidos.
Ali eles ficam armazenados em ordem alfabética cada sonho que alguém encontrou por ai atirado na rua. Dentro da caixa há sonhos deixados em portas de igrejas, em bancos de praças, no trem, ônibus, em casas abandonadas, há também aqueles sonhos que foram trocados ou simplesmente não eram mais necessários e ainda dentro da caixa estão os sonhos que nunca foram sonhados.
Cada um que encontra um sonho perdido já sabe onde depositar, pela cidade há pontos de coletas, grandes latas na cor dourada escrito em letras garrafais: DEPOSITE SEUS SONHOS AQUI, muitas pessoas em momentos de cabeça quente acabam se livrando de alguns sonhos, mas quando se arrependem, já é tarde, pois bem a baixo das latas de coletas a em pequenas letrinhas um dizer: NÃO NOS RESPONSABILIZAMOS POR SONHOS PERDIDOS, OBRIGADO POR UTILIZAR NOSSOS SERVIÇOS.
A caixa ainda está lá no fundo da sala esperando para ser aberta e revirada, cada sonho ainda aguarda ser realizado, contudo muitos deles por ali para todo sempre ficam apenas na espera e a cada dia que passa novos sonhos são perdidos e muito poucos são encontrados.
Dentro dela nada de tralhas, papeis, brinquedos ou qualquer coisa comprável, dentro dela apenas sonhos, apenas sonhos perdidos.
Ali eles ficam armazenados em ordem alfabética cada sonho que alguém encontrou por ai atirado na rua. Dentro da caixa há sonhos deixados em portas de igrejas, em bancos de praças, no trem, ônibus, em casas abandonadas, há também aqueles sonhos que foram trocados ou simplesmente não eram mais necessários e ainda dentro da caixa estão os sonhos que nunca foram sonhados.
Cada um que encontra um sonho perdido já sabe onde depositar, pela cidade há pontos de coletas, grandes latas na cor dourada escrito em letras garrafais: DEPOSITE SEUS SONHOS AQUI, muitas pessoas em momentos de cabeça quente acabam se livrando de alguns sonhos, mas quando se arrependem, já é tarde, pois bem a baixo das latas de coletas a em pequenas letrinhas um dizer: NÃO NOS RESPONSABILIZAMOS POR SONHOS PERDIDOS, OBRIGADO POR UTILIZAR NOSSOS SERVIÇOS.
A caixa ainda está lá no fundo da sala esperando para ser aberta e revirada, cada sonho ainda aguarda ser realizado, contudo muitos deles por ali para todo sempre ficam apenas na espera e a cada dia que passa novos sonhos são perdidos e muito poucos são encontrados.
sexta-feira, 27 de dezembro de 2013
O Segundo Advento
Enquanto alguns pensavam que o fim do mundo era uma dadiva do céu outros sabiam muito bem que Deus não estava metido naquilo.
Alguns rezavam por suas almas outros apenas se questionavam se tudo aquilo era realmente necessário.
Eu via cair aquele pedaço de metal reluzente, não sei quanto tempo durou.
Sei que o tempo parou, pela primeira e última vez o homem conseguiu controlar seu tempo e lentamente despencava do céu todas suas realizações e decepções junto despencava o passado, presente e futuro, tudo despencava do céu azul, em um piscar de olhos o fragmento de metal tocava o chão.
Foi assim a extinção da humanidade era o fim de tudo aquilo que conhecia, era o meu o seu o nosso fim, o culpado não era Deus ou o Diabo em uma disputa por almas, era apenas uma guerra de homens contra homens, um querendo mais que o outro e no fim nada mais restava para desejar...
Alguns rezavam por suas almas outros apenas se questionavam se tudo aquilo era realmente necessário.
Eu via cair aquele pedaço de metal reluzente, não sei quanto tempo durou.
Sei que o tempo parou, pela primeira e última vez o homem conseguiu controlar seu tempo e lentamente despencava do céu todas suas realizações e decepções junto despencava o passado, presente e futuro, tudo despencava do céu azul, em um piscar de olhos o fragmento de metal tocava o chão.
Foi assim a extinção da humanidade era o fim de tudo aquilo que conhecia, era o meu o seu o nosso fim, o culpado não era Deus ou o Diabo em uma disputa por almas, era apenas uma guerra de homens contra homens, um querendo mais que o outro e no fim nada mais restava para desejar...
terça-feira, 24 de dezembro de 2013
segunda-feira, 23 de dezembro de 2013
A Razão do Tempo e do Homem
A razão do tempo
é não ter uma razão.
A razão do homem
é ter um pretexto.
O tempo do homem
é a razão do pretexto.
O pretexto do homem
é nunca ter tempo.
O pretexto do tempo
é ter homem.
No fim é sempre um pretexto.
é não ter uma razão.
A razão do homem
é ter um pretexto.
O tempo do homem
é a razão do pretexto.
O pretexto do homem
é nunca ter tempo.
O pretexto do tempo
é ter homem.
No fim é sempre um pretexto.
domingo, 22 de dezembro de 2013
Então é Natal ou Quase isso
Então é natal como diz aquela musiquinha que tanto ouvimos no mês de dezembro.
O dia vinte e cinco se aproxima e o espírito de natal já toma conta de nossos lares e cidades, claro devidamente cobrando seu preço.
Pelas casas aqueles enfeites baratos e de plástico que de cinco apenas três são mantidos intactos o restante e destruído pela mão de uma criança , uma árvore bem decorada e um presépio pintado a mão adquirido nas últimas férias da família, tudo pago em algumas prestações.
Na ceia do dia vinte quatro nada de orações ou muito pouco, todos admirando o show de natal que se passa na tv ou mergulhados em celulares digitando freneticamente, comunicando o mundo a cada segundo os acontecimentos.
#PartiuPresente/#PartiuCeia...
Embaixo da árvore, claro os presentes cada um com um papel mais lindo que o outro, mas o papel é o que menos importa, pois na hora D ele será destruído e arrancado em segundos, hoje em dia não é em todas as casas que se guarda o papel para ser aproveitado em outros presentes, lembro muito bem de minha vó dizendo: - Cuidado com o papel do presente, depois que tirar dobra bem direitinho e guarda na gaveta junto com os outros.
Na tal gaveta tinha papeis de presentes acredito que de meu batizado e que nunca foram usados, mas sempre estavam por ali se fosse preciso.
No dia seguinte a felicidade e trocada muitas vezes pela decepção dos presentes, insatisfeitos por não terem ganhado o presente desejado.
A os presentes está ai o ponto alto do natal, hoje em dia penso coitado do bom velhinho nem sei como ele se mantém a tantos anos nesse cargo.
Nada mais que um natal parcelado em 12x sem juros no cartão, ora essa temos que agradar todo mundo e hoje em dia as meias, roupas intimas e brinquedos foram trocados por celulares, computadores e qualquer outra coisa que seja mostrada na tv, algo feito para durar apenas até o mês seguinte.
O dia vinte e cinco se aproxima e o espírito de natal já toma conta de nossos lares e cidades, claro devidamente cobrando seu preço.
Pelas casas aqueles enfeites baratos e de plástico que de cinco apenas três são mantidos intactos o restante e destruído pela mão de uma criança , uma árvore bem decorada e um presépio pintado a mão adquirido nas últimas férias da família, tudo pago em algumas prestações.
Na ceia do dia vinte quatro nada de orações ou muito pouco, todos admirando o show de natal que se passa na tv ou mergulhados em celulares digitando freneticamente, comunicando o mundo a cada segundo os acontecimentos.
#PartiuPresente/#PartiuCeia...
Embaixo da árvore, claro os presentes cada um com um papel mais lindo que o outro, mas o papel é o que menos importa, pois na hora D ele será destruído e arrancado em segundos, hoje em dia não é em todas as casas que se guarda o papel para ser aproveitado em outros presentes, lembro muito bem de minha vó dizendo: - Cuidado com o papel do presente, depois que tirar dobra bem direitinho e guarda na gaveta junto com os outros.
Na tal gaveta tinha papeis de presentes acredito que de meu batizado e que nunca foram usados, mas sempre estavam por ali se fosse preciso.
No dia seguinte a felicidade e trocada muitas vezes pela decepção dos presentes, insatisfeitos por não terem ganhado o presente desejado.
A os presentes está ai o ponto alto do natal, hoje em dia penso coitado do bom velhinho nem sei como ele se mantém a tantos anos nesse cargo.
Nada mais que um natal parcelado em 12x sem juros no cartão, ora essa temos que agradar todo mundo e hoje em dia as meias, roupas intimas e brinquedos foram trocados por celulares, computadores e qualquer outra coisa que seja mostrada na tv, algo feito para durar apenas até o mês seguinte.
No Escuro e Vendo
E naquele momento que o sono me rondava eu a vi ela delicadamente fechar os olhos, o sorriso se fechou ao menos por algumas horas e aquele doce olhar para mim não era direcionado, mas sabia que no outro lado lá no limite entre o despertar e o dormir eram os meus que ela encarava.
O meu sono se afastou de mim, pois eu mandei para ela e eu ficaria desperto guardando seu sono, ficaria ali com os olhos vidrados escutando sua respiração que pouco a pouco diminuía ficando quase ao ponto de nada ser escutado, mas nem os sons da noite poderiam afastar aquela respiração de meus ouvidos treinados para atentamente escutar aquele ruído.
Segundos, minutos, horas, dias talvez fiquei ali apenas observando, entre um olhar e outro um toque de leve a tela buscando suas bochechas, cabelos e lábios, mas não era possível e eu sabia, mas mesmo assim o fazia.
Profundamente ela dormia e mesmo assim eu ali permanecia, apenas vendo e observando, lutando contra meu cansaço e meu sono que por ali retornava, não queria dormir ao menos não longe dela.
Deitei-me e recostei em uma melhor posição para ela poder admirar, por ali ficava e poderia passar uma vida apenas a velar aquele sono tão doce, ora tudo aquilo era doce eu pensava.
E eu ficaria uma vida ou quantas outras fossem necessárias e eu ficarei uma noite e quantas forem necessárias apenas vendo, no escuro e vendo e tendo a noite e a vida toda para de ver dormir.
O meu sono se afastou de mim, pois eu mandei para ela e eu ficaria desperto guardando seu sono, ficaria ali com os olhos vidrados escutando sua respiração que pouco a pouco diminuía ficando quase ao ponto de nada ser escutado, mas nem os sons da noite poderiam afastar aquela respiração de meus ouvidos treinados para atentamente escutar aquele ruído.
Segundos, minutos, horas, dias talvez fiquei ali apenas observando, entre um olhar e outro um toque de leve a tela buscando suas bochechas, cabelos e lábios, mas não era possível e eu sabia, mas mesmo assim o fazia.
Profundamente ela dormia e mesmo assim eu ali permanecia, apenas vendo e observando, lutando contra meu cansaço e meu sono que por ali retornava, não queria dormir ao menos não longe dela.
Deitei-me e recostei em uma melhor posição para ela poder admirar, por ali ficava e poderia passar uma vida apenas a velar aquele sono tão doce, ora tudo aquilo era doce eu pensava.
E eu ficaria uma vida ou quantas outras fossem necessárias e eu ficarei uma noite e quantas forem necessárias apenas vendo, no escuro e vendo e tendo a noite e a vida toda para de ver dormir.
sábado, 21 de dezembro de 2013
sexta-feira, 20 de dezembro de 2013
Eis Que
Eis que estamos aqui
perdendo tempo
encontrando tempo
inventando tempo
Eis que aqui não estamos
perdendo nem encontrando
muito menos criando
Eis que aqui levamos
nascemos e morremos
deitamos e sonhamos
Eis que aqui
perdendo tempo
encontrando tempo
inventando tempo
Eis que aqui não estamos
perdendo nem encontrando
muito menos criando
Eis que aqui levamos
nascemos e morremos
deitamos e sonhamos
Eis que aqui
estamos.
quarta-feira, 18 de dezembro de 2013
Contador de Estrelas
Entre tantas coisas que poderia fascinar um homem, ele foi pelo caminho mais incomum, ele sabia que com certeza não era o único, deveria haver outros que assim como ele tinham uma admiração pelas estrelas, mas até aquele momento nenhum tinha passado por sua vida.
Todas as noites ele subia ao ponto mais alto da cidade, um morro, dali longe dos holofotes e do barulho da cidade ele tinha a imensidão do céu somente para ele.
Já fazia muitos anos que ele olhava com carinho para o céu, essa sua paixão teve inicio com seus oito ou nove anos, sempre que podia espiava as estrelas, não sabia o por que e nem precisa ter um motivo aquilo era tão lindo que o fazia apenas pelo prazer, toda noite sempre que podia sentava para contar as estrelas.
Ela não conseguia compreender o motivo de tanto espanto por parte das pessoas quando revelava sua admiração, era chamado de louco, falavam que era desocupado e que devia fazer algo da vida melhor do que ficar contanto estrelas, parecia que o mundo não tinha tempo para levantar a cabeça e olhar para cima, ele sabia que se isso fosse feito eles compreenderiam os seus motivos.
Dia após dia contava e recontava as estrelas, de tanto fazer isso, sabia exatamente a qual estrela pertencia o número.
Todas as noites, seus olhos se voltavam para as pequenas fagulhas de luz que o a escuridão da noite iluminavam.
Com o passar dos anos quase todas as estrelas já tinha contado, cada uma com seu número e cada número com sua estrela.
Deitado em uma cama de hospital, ele espiava pela janela e terminava de contar as estrelas como de costume, nem o fato de estar deitado quase sem vida o impedia de sua admiração, em seu último suspiro ele contou a última estrela e naquele momento fechou os olhos para nunca mais abrir.
No mesmo dia foi velado e logo após sepultado, o céu pela primeira vez em anos não tinha seu contador oficial, mas naquela noite o céu ganhava uma nova estrela a última delas e a mais brilhante, ali de cima ele contava agora os que aqui na terra ficaram.
Todas as noites ele subia ao ponto mais alto da cidade, um morro, dali longe dos holofotes e do barulho da cidade ele tinha a imensidão do céu somente para ele.
Já fazia muitos anos que ele olhava com carinho para o céu, essa sua paixão teve inicio com seus oito ou nove anos, sempre que podia espiava as estrelas, não sabia o por que e nem precisa ter um motivo aquilo era tão lindo que o fazia apenas pelo prazer, toda noite sempre que podia sentava para contar as estrelas.
Ela não conseguia compreender o motivo de tanto espanto por parte das pessoas quando revelava sua admiração, era chamado de louco, falavam que era desocupado e que devia fazer algo da vida melhor do que ficar contanto estrelas, parecia que o mundo não tinha tempo para levantar a cabeça e olhar para cima, ele sabia que se isso fosse feito eles compreenderiam os seus motivos.
Dia após dia contava e recontava as estrelas, de tanto fazer isso, sabia exatamente a qual estrela pertencia o número.
Todas as noites, seus olhos se voltavam para as pequenas fagulhas de luz que o a escuridão da noite iluminavam.
Com o passar dos anos quase todas as estrelas já tinha contado, cada uma com seu número e cada número com sua estrela.
Deitado em uma cama de hospital, ele espiava pela janela e terminava de contar as estrelas como de costume, nem o fato de estar deitado quase sem vida o impedia de sua admiração, em seu último suspiro ele contou a última estrela e naquele momento fechou os olhos para nunca mais abrir.
No mesmo dia foi velado e logo após sepultado, o céu pela primeira vez em anos não tinha seu contador oficial, mas naquela noite o céu ganhava uma nova estrela a última delas e a mais brilhante, ali de cima ele contava agora os que aqui na terra ficaram.
terça-feira, 17 de dezembro de 2013
Falácias do Cotidiano
Ao despertar pela manhã em nossos ouvidos já são despejadas
palavras e mais palavras, muitas delas mentiras com uma boa dose de eufemismo.
Sentamos para tomar o café antes de partirmos para um longo
dia de labuta, nesse tempo uma breve passada de olhos pelo jornal diário, por
ali mais uma dose excessiva de balela, um parágrafo lido e um gole de café para
ajudar a descer o engodo que parou na garganta.
Entre trabalhos e ocupações ao longo do dia afastamos um
pouco o olhar e os ouvidos das incoerências midiáticas, mas não escapamos dos
maldosos comentários de colegas, vizinhos e dos ditos cujos amigos de longa
data, pequenas e quase que inofensivas calúnias.
Ao fim do dia, família reunida esperando o levantamento das
falácias daquele dia, vindas de todos os pontos do mundo e dos mais remotos
lugares, parece que elas estão por toda parte, sentados em torno da tv com os
ouvidos e a mente aberta ao telejornal de inteira confiança.
Não escapamos de uma boa dose de mentirinhas ingênuas, quase
nem as sentimos, quem sabe somos nós mesmos as mentiras e as mentiras sejam as
verdades isso ou quem sabe são apenas minhas mentiras entre tantas outras.
quarta-feira, 11 de dezembro de 2013
No Limite da Realidade
O que era o real ele já não sabia, perdido entre um sonho e outro, perdido nas entrelinhas de um de seus livros favoritos, escondido entre esquinas, becos e vielas de cidades conhecidas apenas por cartões postais e fotos daquelas revistas de viagens.
O que era real poderia ser puramente ficção, poderia estar vivendo dentro de um daqueles filmes que assistia em tardes quentes em domingos onde o cinema era a única salvação do tedioso dia.
Tudo era modificado em um piscar de olhos, mas era um abrir e um fechar tão consciente quanto estar vivo.
Quem sabe ele próprio estaria vivendo em uma cama de hospital e tudo que via e sentia era nada mais que estímulos de médicos e enfermeiras que faziam de seu corpo e mente apenas um lugar de testes de medicamentos.
Ou ainda pior poderia estar vivendo condicionado em uma vida ou algo que poderia chamar assim, obrigado a ser condicionado a sorrir para uma televisão e sentir as mesmas emoções que todos a sua volta, compreender apenas o sim e o não esquecendo as dúvidas esquecendo os questionamentos.
O que era real poderia ser puramente ficção, poderia estar vivendo dentro de um daqueles filmes que assistia em tardes quentes em domingos onde o cinema era a única salvação do tedioso dia.
Tudo era modificado em um piscar de olhos, mas era um abrir e um fechar tão consciente quanto estar vivo.
Quem sabe ele próprio estaria vivendo em uma cama de hospital e tudo que via e sentia era nada mais que estímulos de médicos e enfermeiras que faziam de seu corpo e mente apenas um lugar de testes de medicamentos.
Ou ainda pior poderia estar vivendo condicionado em uma vida ou algo que poderia chamar assim, obrigado a ser condicionado a sorrir para uma televisão e sentir as mesmas emoções que todos a sua volta, compreender apenas o sim e o não esquecendo as dúvidas esquecendo os questionamentos.
domingo, 8 de dezembro de 2013
Aos Olhos Tudo Aquilo que Fingimos Ver
Aos olhos tudo aquilo que o mundo finge não ver
não existe fome
nem pessoas atiradas ao chão
corpos de criança não fedem mais
Todas as crenças são aceitar
ideologias não são mais vendidas
homens e mulheres compartilham do melhor da vida
Pelos jornais
e televisão
não escorre mais sangue
nem mentiras
a utopia social foi encontrada
Aos olhos tudo aquilo que fingimos ver
fingimos aceitar
fingimos sonhar
fingimos...
acreditar.
sexta-feira, 6 de dezembro de 2013
Um Mundo Político
Politicagem para comprar votos
e vender sua vida
Politicagem para sorrir
e beijar crianças de colo
Politicagem para pagar contas
para comprar coisas em prestações
que nunca serão pagas
Politicagem para mentir
contar verdades
e dissimular
Politicagem para escrever
e mais um pouco para ler
Político eu
político tu
político ele
político ele
político...
nós.
nós.
terça-feira, 3 de dezembro de 2013
Banalidades de uma Vida
E o mundo ainda é maior
que a tela de seu computador.
Pode ser que o céu azul ainda não seja de alta resolução
pode ser que sua vida não tenha compartilhamento
nem curtidas aleatórias.
Pode ser muitas coisa
mas ainda sim é vida
ou algo parecido com uma.
Banalizamos
o amor
as dores
e alegrias.
Vendemos e compramos
nossa vida.
Mentimos e delatamos
por uma simples
hipocrisia.
domingo, 1 de dezembro de 2013
Parábola dos Números
Em um dia
qualquer o sábio de uma antiga cidade foi indagado por um jovem rapaz, se todos
no mundo contavam mentiras.
Após pensar alguns minutos o velho sábio responde:
- Sim
todos mentem animais, arvores e homens, todos com suas mentiras grandes ou
pequenas.
Porem somente os números se abstém da mentira!
O jovem não entendeu o que o sábio quis dizer com isto.
Como
os números poderiam não mentir?
O sábio continuou a falar.
- Os números estes sempre são sinceros,
pois sua resposta sempre será a mesma, tanto aqui quando em qualquer parte do
mundo. Dois mais dois sempre serão quatro não importa onde esteja.
Os números são medidores da verdade, estão presente em
quanto você deve receber, ou quanto deve pagar. São eles que enumeram o quanto você ama ou admira alguém. Por isto são eles a verdade do mundo, talvez a única.
O jovem então entendeu
o que o sábio quis lhe dizer, compreendeu ele que os números não mentem, mas não
porque não querem, mas sim porque não podem.
Palavras Perdidas
São passos apressados e dedos nervosos, minha boca seca procura sugar um pouco de saliva e em minha mente o texto perfeito e em minhas mãos o completo vazio, sem caneta nem papel.
A cada três passos repito a mesma frase fazendo um esforço para memoriza-la em contra ponto a preocupação de que essas palavras se percam para sempre entre o trajeto até minha casa.
Poderia parar em qualquer loja ou qualquer coisa pedir uma caneta e um papel, mas não, perderia muito tempo com essa coisa de procura caneta aqui e rasga papel dali, o melhor era correr para casa, mas correr não era uma boa ideia também, poderiam as palavras saírem por minha cabeça e se perderem no ar como balões coloridos manchando o céu azul.
Parei por um segundo pensei, pensei e mudei o final do texto, nossa estava ficando muito bom, em cada parada uma mudança, a cada mudança era a perfeição em palavras, mas sem ter onde escrever sem nem ter o que escrever, como pude sair de casa sem nada.
Era só uma passadinha no mercado coisa rápida coisa boba, nunca pense que uma texto se faria presente em meus pensamentos, ora essa já tinha acontecido de acordar com um texto no meio da noite ou ver encantador poema brotar do chão, mas no mercado era a primeira vez...
Já estava pensando de mais, tinha que ocupar minha mente com apenas o texto que era sobre algo muito bom eu sabia, aquele texto seria meu melhor.
Mas sobre o que era o texto mesmo, não acreditava essa preocupação toda me fez perder as palavras pelo caminho, sentei no meio fio desolado por ter perdido minhas palavras.
Mais calmo fui até em casa pequei meu caderno e minha caneta, refiz todo o caminho até o mercado olhando em cada canto embaixo de cada pedra, em rodas de carros até em cima das árvores, fui catando palavras perdidas pelo caminho as minhas palavras, nem todas consegui achar, mas as que encontrei agora ao papel passei e ali não se perderiam ali não seria esquecidas, quanto a mim aprendi a lição nunca mais sai sem meu caderno e minha caneta pois nunca se sabe de onde pode se surgir um texto.
A cada três passos repito a mesma frase fazendo um esforço para memoriza-la em contra ponto a preocupação de que essas palavras se percam para sempre entre o trajeto até minha casa.
Poderia parar em qualquer loja ou qualquer coisa pedir uma caneta e um papel, mas não, perderia muito tempo com essa coisa de procura caneta aqui e rasga papel dali, o melhor era correr para casa, mas correr não era uma boa ideia também, poderiam as palavras saírem por minha cabeça e se perderem no ar como balões coloridos manchando o céu azul.
Parei por um segundo pensei, pensei e mudei o final do texto, nossa estava ficando muito bom, em cada parada uma mudança, a cada mudança era a perfeição em palavras, mas sem ter onde escrever sem nem ter o que escrever, como pude sair de casa sem nada.
Era só uma passadinha no mercado coisa rápida coisa boba, nunca pense que uma texto se faria presente em meus pensamentos, ora essa já tinha acontecido de acordar com um texto no meio da noite ou ver encantador poema brotar do chão, mas no mercado era a primeira vez...
Já estava pensando de mais, tinha que ocupar minha mente com apenas o texto que era sobre algo muito bom eu sabia, aquele texto seria meu melhor.
Mas sobre o que era o texto mesmo, não acreditava essa preocupação toda me fez perder as palavras pelo caminho, sentei no meio fio desolado por ter perdido minhas palavras.
Mais calmo fui até em casa pequei meu caderno e minha caneta, refiz todo o caminho até o mercado olhando em cada canto embaixo de cada pedra, em rodas de carros até em cima das árvores, fui catando palavras perdidas pelo caminho as minhas palavras, nem todas consegui achar, mas as que encontrei agora ao papel passei e ali não se perderiam ali não seria esquecidas, quanto a mim aprendi a lição nunca mais sai sem meu caderno e minha caneta pois nunca se sabe de onde pode se surgir um texto.
Assinar:
Postagens (Atom)