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domingo, 1 de dezembro de 2013

Palavras Perdidas

São passos apressados e dedos nervosos, minha boca seca procura sugar um pouco de saliva e em minha mente o texto perfeito e em minhas mãos o completo vazio, sem caneta nem papel.
A cada três passos repito a mesma frase fazendo um esforço para memoriza-la em contra ponto a preocupação de que essas palavras se percam para sempre entre o trajeto até minha casa. 
Poderia parar em qualquer loja ou qualquer coisa pedir uma caneta e um papel, mas não, perderia muito tempo com essa coisa de procura caneta aqui e rasga papel dali, o melhor era correr para casa, mas correr não era uma boa ideia também, poderiam as palavras saírem por minha cabeça e se perderem no ar como balões coloridos manchando o céu azul.
Parei por um segundo pensei, pensei e mudei o final do texto, nossa estava ficando muito bom, em cada parada uma mudança, a cada mudança era a perfeição em palavras, mas sem ter onde escrever sem nem ter o que escrever, como pude sair de casa sem nada.
Era só uma passadinha no mercado coisa rápida coisa boba, nunca pense que uma texto se faria presente em meus pensamentos, ora essa já tinha acontecido de acordar com um texto no meio da noite ou ver encantador poema brotar do chão, mas no mercado era a primeira vez...
Já estava pensando de mais, tinha que ocupar minha mente com apenas o texto que era sobre algo muito bom eu sabia, aquele texto seria meu melhor.
Mas sobre o que era o texto mesmo, não acreditava essa preocupação toda me fez perder as palavras pelo caminho, sentei no meio fio desolado por ter perdido minhas palavras.
Mais calmo fui até em casa pequei meu caderno e minha caneta, refiz todo o caminho até o mercado olhando em cada canto embaixo de cada pedra, em rodas de carros até em cima das árvores, fui catando palavras perdidas pelo caminho as minhas palavras, nem todas consegui achar, mas as que encontrei agora ao papel passei e ali não se perderiam ali não seria esquecidas, quanto a mim aprendi a lição nunca mais sai sem meu caderno e minha caneta pois nunca se sabe de onde pode se surgir um texto.

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