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sábado, 17 de novembro de 2012

Meio Vivo Meio Morto por Enquanto. Crise de um Cadáver

Delirei novamente que estava vivo.
Ora essa, nunca pensei muito na vida quando de fato a tinha, hoje que sou o que sou penso nela com certa saudade, estranho pois estou morto.
Daqui onde estou posso ver as pessoas passar pela rua, correndo alegremente com sua pele corada e seu sangue quente.
Já eu, sou cinza e sempre perco algumas de minhas partes por ai, mas isso não faz diferença, depois que você morre não liga para mais nada.
Estou morto não estou! Com que devo me preocupar, no máximo com os vermes que ainda tentam me comer.
Não sei por que estou aqui, pensei que morrer era simplesmente estar morto, agora virar um zumbi com crise existencial, com certeza não estava em meus planos.
Minha morte se resume á esperar, mas esperar pelo que? Deus ? Ora essa quem sabe ele mesmo não esteja por aqui, sendo comido por vermes e perdendo suas partes pelo chão.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Meio vivo Meio Morto por Enquanto. Velório com ias.

Sonhei mais uma noite com minha morte.
De horrível aparência estava, não muito diferente de uma noite em claro, e em um pequeno caixote de madeira meu corpo foi deitado.
Nem um caixão meu corpo merecia, que diferencia também faria, agora estava morto e nada mais me adiantaria nem com todos os ia, dali eu não sairia
Chorar não me acalmaria.
Gritar não funcionária.
E rir também não resolveria, pois nem eu acreditaria.
A volta do corpo, meio vivo meio morto ainda sem a certeza do que queria, muitas pessoas todas elas com a mesma roupa, mesma roupa do morto.
Mesma cara também, olhos, cabelo e boca igual.
Para minha felicidade todos os meus eu’s fizeram-se presente ao meu velório.
E para minha infelicidade também, pois a indiferença era tanta que nem o morto queria ficar ali.
Fugi de meu próprio velório, pois ali não era lugar para mim.
Pelo menos ainda não, mas quem sabe amanha ou depois, só espero que quando esse dia chegar eu tenha a certeza se vivo ou morto com ia ou sem ia quero estar.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Troca-se Ideologia

Estou trocando minha ideologia quem se interessa, por favor, entrar em contato. Tentei algumas outras que apareceram por ai, mas infelizmente nenhuma se saiu melhor que esta que me atormenta dia e noite sem parar. Tentei primeiro trocar por uma de um religioso, pensei que um pouco de fé poderia resolver minha vida. Um pouco estranho ter em mente Deus como responsável por tudo. No início nem liguei, mas quando tudo virou Deus fiquei preocupado. Acordei hoje por que Deus quis, estou tomando café sem açúcar, pois Deus quis, o candidato foi eleito, pois Deus quis assim. Deus já estava metendo o dedo de mais na minha vida. Foi o bastante para mim, novamente estava com a minha velha ideologia no seu lugar. A procura de uma nova, encontrei a de um político, um pouco de leis pensei que poderia me por na linha. Achei estranho o individualismo, mas também nem liguei para isso. Tudo tinha que ter um motivo, vou usar aquele banheiro público para que pareça que sou do povo, vou falar com os outros na rua para parecer que me importo, vou andar de ônibus para parecer humilde. Todo aquele duplo sentido já me dava nós nervos, larguei esta ideologia também. Ainda não encontrei uma ideologia melhor que a minha, mas ainda estou à procura. Um dia talvez fique em paz com a que tenho... ou não.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Nosso Tempo

“Meu tempo não e igual ao seu Seu tempo é distinto ao meu Nosso tempo talvez já tenha acabado Ou nem foi iniciado”
Contos sobre o homem e o tempo."Tempo, todos temos um”

Tempo de Vida

“Tempo que temos Tempo que usamos Tempo de Vida Tempo de morte O seu tempo ainda existe?”
Contos sobre o homem e o tempo."“Nosso tempo escorre por entre nosso dedos, caindo sobre nossas mãos”"

O Tempo do Homem

“O homem pergunta ao relógio, quando tempo o tempo tem? O relógio responde, o tempo tem o seu tempo Mas qual é seu tempo, pergunta novamente o homem A pergunta, indaga o relógio, é quanto tempo o seu tempo ainda tem.”
Contos sobre o homem e o tempo."“Nosso tempo ao certo já parou a muito tempo.”

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Pesadelo em números e ponteiros.

“Sonhei está noite que era um relógio Fazia tudo pela hora Tudo tinha que fazer Tudo tinha tempo... Acordei atrasado novamente Não vou tomar café Pelo menos do pesadelo me livrei!”
Contos sobre o homem e o tempo. "Todo tempo o homem diz ter, mas ao certo tanto tempo e pouco para o que se deve fazer."

Formigas e Ponteiros

“Mais um pesadelo esta noite Em que formigas estão em meus olhos e boca Desperto pela manha Com ponteiros e números em minha boca e olhos Gostaria de fossem formigas, não relógios”
Contos sobre o homem e o tempo. "Tempo que temos de mais, tempo que temos de menos, mas afinal que tempo nós temos?"

Diagnóstico Sobre A Modernidade

Por um lado uma maior autonomia para o indivíduo, por outro o risco de que o excesso de liberdade, leve à desagregação social. De uma solidariedade mecânica, com predominância a consciência coletiva, à uma solidariedade orgânica onde o indivíduo e altamente diferenciado. Aspectos estes apontados pelo sociólogo Èmile Durkheim, de uma sociedade anômica com problemas morais. Com base no positivismo de Augusto Comte, Durkheim retoma a ênfase da razão, fundando uma sociologia cientifica. Promovendo análise detalhada a sociedade. Suas teorias partem de que a sociedade é superior ao indivíduo, e que essa passa a funcionar de modo independente aos agentes, moldando sua forma de agir, influenciando sua concepção e padronizando seu comportamento. Estas formas de agir possuem três fatores, primeiramente: o exterior, provêm da sociedade e não do indivíduo; segundo: coercitivos, são impostos pela sociedade; e terceira: objetivas, existência independente do indivíduo. Tais fatores são nomeados por Durkheim como fatos sociais. Estes fatos são a maneira padronizada de agirmos em sociedade, que não existem por acaso, estas cumprem uma função. A sociedade é semelhante a um corpo vivo composta de várias partes, onde cada parte cumpre uma função com relação ao todo. Função que a divisão de trabalho cumpre nas sociedades modernas. Uma diferenciação caracterizada pelo processo de evolução social, passando de uma solidariedade mecânica para um sistema orgânico. Mas ambas estratégias de integração social. Em uma sociedade de solidariedade mecânica os indivíduos vivem em comum, pois partilham de uma consciência coletiva. O predomínio do grupo é muito forte, gerando uma cultura comum que os obriga a viver em coletividade. Sistema que funciona, principalmente pelas normas jurídicas que a sociedade cria, são essas as convicções morais. Gerando uma sociedade segmentada que tem vida própria, onde sua estrutura torna-se independente de outras. De outra forma bem diferente, na sociedade de solidariedade orgânica, onde os indivíduos são especializados e altamente diferenciados. Onde os agentes passam a depender do outro. Essa especialização, não é somente ligada ao trabalho, diversas esferas estão cada vez mais especializadas, assim vão se separando cada vez mais entre si, adquirindo uma dinâmica própria de funcionamento. Criando um efeito moral, sua verdadeira função, cria entre as pessoas um sentimento de solidariedade. Contudo o grande problemas desta transição de solidariedade mecânica e sua consciência coletiva, para uma orgânica e sua individualidade, seria o excesso de egoísmo, levando os agentes em colisão, comprometendo assim o “bom funcionamento' da sociedade. Èmile Durkheim denomina de anomia,ou a falta de moral. A sociedade está anômica, carente de normas e valores, bem longe do positivismo “ordem e progres
so”. Émile Durkheim (1858-1917)

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Part I - Reflexões de um Cadáver

Foi bastante rápido, quando vi já estava no outro lado da rua. E eu pensando que seria lento e com muita dor. Nem mesmo a tal luz no fim do túnel eu vi, a única luz que vi foi a porra da lanterna daquele carro preto antes, de me jogar a cinco metros de onde estava.Só deu tempo De pensar OH UM CARRO... puf já foi. Está certo que a culpa foi minha, mas e daí, eu não sou o único a atravessar a rua sem olhar, infelicidade minha digo eu, pois nunca acreditei que eu teria um dia e um lugar predestinado a morrer, estava no lugar errado na hora errada somente isto... Após toda aquela frescura do motorista gritando feito um louco... ”Meu Deus, Meu Deus o que eu fiz.” Porra cara! Deus... O que Deus tem a ver com isso? Se tu e um babaca que não sabe dirigir a culpa não e dele, nem mesmo da anta aqui que não olhou a rua antes de atravessar. Mas enfim a ambulância chegou toda aquela lenga lenga, de brincando de sovar o cadáver bem divertido, mas parecia uma massagem, ora depois disso quem sabe relaxar no ofurô, acupuntura talvez ... Nunca fui de ter um senso de humor “bonitinho”, oras depois de morto isto não iria mudar nê! (Ironias e sarcasmos sempre foram meu forte, e depois de morto parecia que isto só veio a florescer mais.) Achei um tanto que estranho estar ali vendo eu caído como um vegetal cozido coberto com molho vermelho...Pensei ta e ai acabou? Acabou nada parecia que com o fim daquela miserável vida que levava ganhei uma nova, mesma merda, mais uma merda nova...
A Morte de Sócrates - Jacques-Louis David

Quanto Tempo o Tempo Tem?

Um relógio faz tic tac tic tac, incessantemente.Marcando o tempo que nos resta. Este tempo que nos cerca de uma forma misteriosa e intrigante, fascinado os homens em diferentes concepções,causando certo questionamento sobre tal tema. Esta noção de tempo que nos acompanha desde os primórdios da evolução Impulsionando assim nossos atos em diversos aspectos e formas. Nossa vida marcada pelos ponteiros de um relógio,uma ampulheta do destino. Tempo em seu mais vasto conceito varia desde cientifico ate o abismo profundo da filosofia. Vários tentaram dar um significado ao tempo, cientistas dizem que tempo não passa de uma grande física,eventos coincidentes.Para biólogos tempo são ciclos.Religiosos afirmam que tempo e um dogma de Deus,um espaço para arrependimentos e salvações.Para os filósofos o tempo não e tempo são espaços de conhecimentos. Tempo um buraco negro,tempo uma cadeia alimentar,tempo uma crença divina,tempo um espelho que reflete a si mesmo? O que é tempo? Qual é o seu tempo? Ou melhor, quanto tempo seu tempo tem? Tic Tac Tic Tac...
A Persistência da Memória - Salvador Dali

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Eufemismo do Medo

Enquanto andava pela escura e fria viela, ela sentiu que sua espinha tremia, um suor frio descia por sua nuca. O medo lhe tomava, cercando a como uma criança, seu o grito era abafado pelo vento.
Nada poderia lhe salvar.
Ao olhar para frente se depara com uma pequena fagulha de luz, uma chance de vida talvez, para sua salvação... bem ou não.
Ao adentrar no pátio esburacado da casa, viu de longe o que parecia ser uma estátua, algo que conhecia mas não sabia ao certo.
Correndo para dentro do casebre a procura de absolvição, perdão, misericórdia redenção.
Em um canto entre uma vassoura e um saco de sementes, procura abrigo, escuta passos próximos, parece correr em volta do casebre, cada vez mais próximo.
A porta abre se, com um rangido que treme a alma, passos vagarosos em sua direção...
Fecha os olhos para não ver, torce para que seja rápido.
É de repente em um único grito,TE PEGUEI É COM VOCÊ...
Medo uma fantasia do eufemismo, que serve para deixar tudo mais vivo.
O medo trava, mas também impulsiona sua mente a pensar.
*A obra O Grito é uma pintura de Edvard Munch de 1983.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Arquivo Morto

Já faz quase 27 anos que a ditadura militar brasileira teve fim.Chagas de uma sociedade que anda caminha pela rota da democracia. Muitas feridas ainda abertas, muitos corpos ainda sem túmulos, perguntas sem respostas.Talvez tais respostas estejam enterradas em uma cova rasa qualquer. É mesmo tantos anos após este trágico período de nossa sociedade,famílias ainda aguardam a chegada filhos, netos, pais...Pessoas que junto com as respostas sumiram em meio a sangue, balas e papeis, se perdendo, talvez para sempre. O que fica é a luta, o ideal de um povo que gritou para ser ouvido.Porem a gritos de socorro que nunca foram ouvidos,abafados talvez, em porões da ditadura.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

O Sentido das Palavras

O sentido das palavras é nulo perante seu ideal.
Nada na vida tem sentido, por qual motivo nossas palavras devem ter?
Uma palavra tanto quanto outras muitas esboçam um sonho, um desejo, uma realização, tendo seu molde abstrato.
Em uma sociedade com síndromes o sentido das palavras revela um ato de socorro que clama pela morte rápida e indolor.
Seu sentido não e apreciado.
Suas letras não são lidas.
Seus sonetos não mais ouvidos.
Seus livros esquecidos.
Sua vida apagada, sem sentido ou razão.
O mundo acabando ou não...
Bem apenas as palavras sem sentido restaram.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Utopia!

Esquerda, direita, centro... Tanto faz.O lado que você fica e o que menos importa. A revolução não para, ditadores caem, outros surgem com um belo discurso sobre a democracia.Tudo muda e mesmo assim parece igual. Revolucionários viram mártires, é após anos de orações a sua honra descobre se que não foram tão santos. As causas as mesmas, a duvida igual,a democracia bem... O que não muda e a utopia do cotidiano com suas síndromes de uma sociedade que sofre de baixa autoestima. Bem vindo ao novo ao velho ao comum ao indiferente, bem vindo a mesma UTOPIA COTIDIANA.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

A Síndrome do Maluco Beleza

O que é ser normal para você?Um bom emprego, ter uma linda família com um cão e um gato, morar em uma linda casinha branca com uma cerca amarelinha? O que é normal de verdade, ser bem visto aos olhos da sociedade? Tal sociedade que sozinha em seu refugio, arrota e peida dando risada de nossa cara. Este estereotipo de normalidade não segue uma razão lógica. Isto e colocado a nossa vida que tal caminho é o normal e quem não seguir de tal padrão e excluído dos braços de nossa pátria amada. “Pois enquanto você se esforça para se um maluco normal, eu aprendo a ser louco em uma sociedade banal...” O que é normal, eu não sei, apenas vejo que a razão segue a lógica da loucura, e maluco beleza ou não, a sociedade impõem um estereotipo de normalidade que não poder ser seguido. Mas o que é normal? Ou melhor, o que é ser normal para você?