Ao despertar pela manhã em nossos ouvidos já são despejadas
palavras e mais palavras, muitas delas mentiras com uma boa dose de eufemismo.
Sentamos para tomar o café antes de partirmos para um longo
dia de labuta, nesse tempo uma breve passada de olhos pelo jornal diário, por
ali mais uma dose excessiva de balela, um parágrafo lido e um gole de café para
ajudar a descer o engodo que parou na garganta.
Entre trabalhos e ocupações ao longo do dia afastamos um
pouco o olhar e os ouvidos das incoerências midiáticas, mas não escapamos dos
maldosos comentários de colegas, vizinhos e dos ditos cujos amigos de longa
data, pequenas e quase que inofensivas calúnias.
Ao fim do dia, família reunida esperando o levantamento das
falácias daquele dia, vindas de todos os pontos do mundo e dos mais remotos
lugares, parece que elas estão por toda parte, sentados em torno da tv com os
ouvidos e a mente aberta ao telejornal de inteira confiança.
Não escapamos de uma boa dose de mentirinhas ingênuas, quase
nem as sentimos, quem sabe somos nós mesmos as mentiras e as mentiras sejam as
verdades isso ou quem sabe são apenas minhas mentiras entre tantas outras.
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