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sábado, 26 de outubro de 2013

Cadáveres Lúcidos

Morrer como saber quando morrer 
Se morto já estou, não sei
Imagino estar

Mas engraçado que sinto
Amo
Desejo
Sofro
Padeço
Encanto
Desencanto e amo mais um tanto
 
Sou um cadáver sentimental?
Sou...
Sou algo, sou aquilo que é dito não sentido?
Sou um ser mórbido que pensa ou pensa pensar?
Quem sabe um morto que busca o descanso eterno?
Quem sabe estou pagando por pecados em vida?
Pecados que não lembro quem sabe esqueci ou nunca os tive

Mas se bem que...
Talvez e só talvez quem saiba sou o único que vivo está
Que respira e sente
O mundo então morto estaria
E sozinho permaneço perambulando entre cadáveres lúcidos
Mortos fora de suas tumbas
Que desconhecem sua própria morte
 
Pois para estar morto não precisa de caixão
Velas e lágrimas
Morrer, descansar,  sono eterno...
Mas antes deste se mata o coração
Morre os sonhos
Morre os desejos
Morre o homem
Morre sem ser sepultado
Morre por deixar de ser
Morre apenas por querer
Morrer simplesmente por esquecer.

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