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segunda-feira, 3 de junho de 2013

Um Olho de Cada Vez

O mundo era como uma extensão de seu braço e seus dedos como uma pinça, que poderia se quisesse alçar qualquer humano que seus olhos seguiam.
Ele mantinha um olhar intimidador e complacente com os mortais que passavam pelo seu campo de sua visão.
Em cada olho seu ele via apenas o melhor ou o pior de cada um, fechava seu olho esquerdo e pelo olhar da direita, presenciava o pior da humanidade, raiva, ódio, desespero...
Sua visão por este olho era escura e de pouca luz que dificultava ver, apenas uma cor o branco.
Ao fechar seu olho direito e pelo seu olhar esquerdo percebia o melhor do homem, sua capacidade de amar, carinho, amizade...
Sua visão por este olho era clara e com muita luz que cegava de uma única cor também, o cinza.
Com um olho aberto apenas, estava cego por luzes incandescentes de bondade ou sua visão era opaca sem distinguir um palmo a sua frente, mergulhando em desespero.
Ao permanecer com os dois olhos abertos ele podia ver claramente, nítido e em qualquer cor e qualquer sentimento humano.

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