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quinta-feira, 2 de julho de 2015

Os Filhos do Brasil

"...seu terno de vidro, 
sua incoerência, 
seu ódio — e agora?..."

E o que vai restar quando essa raiva passar quando os olhos voltarem a enxergar, quando o choro não se poder abafar, e agora José o que vai fazer quando nossos filhos da pátria não tão mais amada estiverem encarcerados?
Cercados por paredes frias, junto daqueles de olhares gananciosos, dos narizes brancos de olhos vermelhos, trêmulos e nervosos, e agora José?

"você marcha, José! 
José, para onde?"

"...não veio a utopia 
e tudo acabou 
e tudo fugiu 
e tudo mofou..."

Em um canto algumas crianças brincam, ao menos por uma hora, seu tempo de sol, não se preocupe José apenas a morte é o final, um dia desses é sol, céu azul e liberdade e as pequenas mãos não vão mais tremer com o cano frio, já não serão pequenas mãos, nem sonhos ou ilusões, é nessa hora José que a festa acaba que a luz vai estar apagada, minutos antes do estampido, sem discurso José você morre, vira estatística de mais um dos filhos de nossa pátria, agora qualificados por nossas leis. 


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