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terça-feira, 23 de junho de 2015

La mujer amarilla

Femininas, humanas, mulheres
de palavras, papel, poesia
de carne, seios, pernas e olhos
mulher, humanas dentro de seus livros
enclausuradas por seus maridos
por seus autores
por suas capas
seus epígrafos
seus monólogos
mortas por seus epílogos.
Em cada toque assim feminino nem tão frágil
nem tão submisso
se esconde um ponto
em uma tênue linha
uma gota amarela
la mujer amarilla   
espectadora destas que sofrem
destas que se glorificam
ou daquelas que morrem.
Helenas as de Tróia ou de qualquer canto
o caminho da fuga, por marcas em tons amarillo.
Penélopes em seu tecer ao dia
pela noite as linhas em tons amarillo, desfazer-se.
Lolitas, provocantes com seus batons vermelhos
suas roupas amarillo.
Madames Bovary, sonhadoras em seu cativeiro
ilusões ao nascer do sol, amarillo. 
La mujer amarilla 
feita de todas estas
e outras tantas, mulheres, femininas, poesia
revoluções, penitências, inquisições
no fim um  ponto final, uma observação
em tons de amarillo.    








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