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quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Um Livro de Capa Preta

Era um livro pequeno e de fácil carregar, sua capa escura cintilava com seu titulo em letras garrafais pintadas de branco.
Quase no centro de sua capa um pequeno furo que devia ter sido feito por uma ponta de cigarro de algum leitor despreocupado, que lia o tal livro entre goles de café e tragadas de nicotina.
O leitor enchia seus pulmões de fumaça, seu cérebro mantido por cafeína e sua imaginação preenchida pelas palavras do livro, em algum momento, não mais.
Entre aquelas paginas emboloradas e manchadas por dedos sujos de poeira ou de algum alimento qualquer. Ele se perdia entre aquelas palravas, parágrafos, pontos e vírgulas.
Muitas dessas palavras corroídas pelo tempo, rasuradas e mutiladas por movimentos forçados de leitores desinteressadas no livro.
Mas agora de seus cuidados o livro de capa preta necessitava, mas sempre por tempo limitado, pois logo outro o livro arrumaria para ficar ao seu lado, assim como tantos outros e outros ainda antes deste.

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