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terça-feira, 30 de setembro de 2014

Eu Lírico Observado

Não sei exatamente aonde foi parar o meu Eu Lírico, quem sabe anda perdido pelas entranhas da vida, estranhas esquinas, perdidas da vida...
Sabes dizer aonde parei? 
Em que rua cheguei? ou de onde eu parti? 

Não sei nem ouso dizer de onde vem ou em que rua chegará, sou um expectador passivo de canto e observo e admiro seu eu lírico de longe.
Escuto as batidas de sua máquina de escrever escondido dentro daquele seu velho livro exprimido em sua estante,estou morrendo assim como todos,mas em suas palavras escrevo meu epitáfio eterno. 

Espectador mais ativo que passivo, que traduz o que conduz. 
Sua passagem tem sentido, tem caminho mas não tem rumo. 
Abro o livro para entonar as partidas e encontrar as batidas daquilo que me move. 
Morro nas palavras e nas palavras encontro vida

Vejo e observo fascinado por outros olhos, esse morrer e logo após renascer, epitáfios, livros e tudo mais, são sentidos que são sentidos, escritos e não guiados, como poemas sem rimas, livres, libertos e sonhados e mesmo que Eu Lírico não esteja, desconfio que Eu Lírico seja ela, seja eu, assim formando todos nós 

Coautora -  Priscilla Ibañez


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