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segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Um Novo Elogio a Loucura

De volta cá estou, mesmo sem ter me ido, eu a loucura companheira eterna dos sábios.
Já estava mais que na hora de me fazer me presente novamente, em tinta e papel.
Faz muitos anos em que eu doce loucura havia me manifestado pelas palavras de grande amigo Erasmo,
agradeço muito a ele por tal homenagem mesmo não podendo ter dito diretamente.
Bom de volta estou agora por mãos de outro grande amigo, mais depois falemos deste que e mais um intitulado louco contemporâneo.
Voltei sem ao menos ter ido, pois o mundo ainda e louco em seus devaneios e ilusões.
Virei mera espectadora deste espetáculo criado por mim há muito tempo atrás.
O que mudou?
Bem tudo, a loucura e seus loucos tomam conta do mundo em diferentes cargos e posições, porém nunca imaginei que alguns de meus filhos pudessem me dar tantos desgostos.
Maquiando minha alegre loucura em ódio e rancor, pois a loucura destrói na mesma medida em que constrói.

Um comentário:

  1. Certa música do século XX, tinha como refrão, o seguinte: Tá todo mundo louco, oba! tá todo mundo louco, oba! E por aí vai... Somente a loucura nos torna insensíveis diante deste mundo consumerista e louco, por assim dizer. Para aguentar a rotina, o descalabro da vida, a violência, somente a loucura para nos fazer sóbrios e vivos, em um mundo insano.

    De que forma a humanidade tem progredido? Isso tudo que assistimos é o que chamamos de progresso? O progresso não é um mito? Ou é a busca insana do consumo, poder e "status"? O progresso é real, só que voltado para o consumo desenfreado, para a louca necessidade que os humanos tem de parecer o que não podem ser, para mostrar algo a quem não conhecem, e pagando algo pelo que não podem pagar.

    Cada vez menos observamos os loucos, porque os loucos estão aí, em algum lugar da sanidade. Sim, porque se voce não compactua com essa louca forma de vida, a que chamam de progresso, só mesmo sendo louco. Normais não são os loucos. Normais são os que se acham atualizados, plugados, escravizados, pela busca incessante de prazer e pela avidez de consumir.

    Se a loucura destrói na mesma medida em que constrói, como voce diz, Eddie, então poderemos ter alguma esperança em um mundo melhor? De loucos, mas loucos pela paz, pela integridade, caráter, bondade e amor a todos, loucos por ética, sensatez, sem distinções e preconceitos, preocupados mais com o "ser" do que com o "ter"? Então, se assim for, poderemos construir algo, sem ser normal fundamentalista xiita, escravo do consumos e da individualidade.

    Sou todo elogios à loucura, à insanidade!

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