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quarta-feira, 10 de julho de 2013

Três Vidas, Uma Ironia

São passados de encontros e momentos perdidos entre frestas de um velho relógio que continuar a funcionar. Perdido entre momentos de uma vida lúcida, não mais um entardecer inebriado por alguma bebida amarga e com gosto ruim. Somos mudanças de um passado que estava perdido, mas que era lembrado.
Ironias de uma tecnologia que aproxima pessoas, mas que ainda não tinha possibilitado um reencontro, poderia dizer que aconteceu no momento certo, mas não acredito no acaso do tempo nem nessa besteira de destino. Acredito que aconteceu pelo fato de apenas lembrar e reviver mentalmente os fatos.
Momentos entre livros, lapides e sorrisos despretensiosos de três pessoas que não sabiam no que resultaria suas vidas.
Uma se isolou, por seus motivos próprios, não me interessa saber, mas estou à disposição de ouvir, sempre estive e sempre estarei. Em um momento muito antes dos três ele havia enfrentado uma tempestade do céu e uma de palavras, o motivo era simples ouvi-la apenas por ela precisar. Naquela noite voltei molhado com um casaco que não me pertencia, mas realizado, outra tempestade que seja de água ou palavras estaria disposto a enfrentar quantas vezes fosse necessário, apenas para ouvir o que ela queria falar.
Outra foi complacente transitando entre dois pontos de um lado ela do outro ele, no meio disso os olhos de vidro reluzentes e doces para ambos. Ela era o equilíbrio entre a sanidade deles. Foram com ela meus últimos momentos em minha antiga vida, antes de mudar antes de evoluir, com ela ficou meu último olhar insano e minha última dose de loucura descontrolada, deixei no reflexo de seus óculos o que eu era.
Por fim somente a minha experiência posso relatar com segurança, eu segui o que devia seguir como recebi em um pequeno pedaço de papel dentro de um livro em uma tarde, em um último encontro um último olhar insano refletido em vidro,  ali dizia que pertencia ao mundo, pois bem eu faço parte dele e hoje modifico o que me cerca de uma forma incisiva da forma que me agrada.
Ironicamente mudamos e melhoramos, acredito nisso, somos sombras do que éramos, não sei ao certo se tudo poderia ser como antes, na verdade ser melhor que antes, somos adultos responsáveis ou ao menos devemos ser.
Sumir não é mais uma opção ao menos não minha, vou ouvir e vou refletir em vidro novamente, em algum entardecer em lugares que conhecemos e aprendemos a gostar.

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