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quarta-feira, 26 de março de 2014

Morrer Nunca é o Bastante

Hoje faz cinquenta e dois anos que morri, meu quinquagésimo segundo aniversario de morte, o tempo passa mesmo para um cadáver.
Junto comigo muitos outros até bem pior, cada um mergulhado em suas alegrias ou o que pensam ser, com suas moralidades e éticas de pós-morte, decepções, amores, paixões e tristezas, tudo como manda o figurino bem parecido com o mundo dos vivos a diferença é que aqui é visível nossa podridão . Trabalhamos, estudamos, mentimos e amamos assim como em vida, às vezes pergunto-me se estou vivo, quem sabe apenas um sonho sem fim um pesadelo talvez, mas não faz mais diferença nunca fez nem em vida nem em morte.
Morrer nunca é o bastante como viver também nunca é, reclamava da vida quando a tinha, hoje reclamo da morte e amanhã vou reclamar de qualquer outra coisa e desejar aquilo que já não tenho mais.
Morri eu sei, como também vivi e aproveitei e como aproveitei e amanhã nem sei, nem Deus nem nada, apenas por que o amanhã nunca é o bastante.

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