Powered By Blogger

segunda-feira, 24 de março de 2014

Quase que Perfeição

Tudo estava onde devia estar ou assim esperava-se, não acredito na perfeição, mas aquele momento era talvez o mais próximo de uma, era uma quase perfeição.
O sol estático com seus raios a mergulhar no oceano e assim se fez o pôr do sol, ali parado e imóvel ele permanecia, dividindo espaço entre algumas nuvens curiosas a olhar.  
A extensão do mar ali estava também, as ondas paradas e o azul do mar tornaram-se um tapete sem fim onde a água terminava a areia fina e branca da praia começava.
Algumas tochas demarcavam o lugar formando assim uma pequena estarda em direção ao altar.
Em cada lado uma trilha de flores ajudavam a se movimentar, pétala após pétala ocupavam seu devido lugar, por todos os lados até o belo altar.
Todos ali a esperar, pela noiva que não tardaria a chegar.
Que toquem a marcha nupcial pois ela já estava por andar.
Um passo seguido do outro em um ritmo compassado e os olhares atentos a fitavam.
Em seu vestido nada além de tecido, leve e quase que transparente, entre a luz do sol que seu corpo contornava delicadamente, em seus pés apenas seus dedos que sentiam o calor que da areia emanava, era gosto ela pensava, ela sentia a areia entre seus dedos e continuava.
Em suas mãos nada extravagante, eram flores, linda flores iguais as atiradas ao chão.
Em seu cabeça grinalda não existia eram flores que contornavam seus cabelos, fio por fio onde o que era flor e o que era cabelo não se sabia, flores coloridas dos mais variados formatos e dos mais distintos aromas.
Seu véu era o céu, de um azul da imensidão do mar e em sua face um sorriso quase que suspeito, como se fosse fugir deixar aquilo tudo para trás, mas era sorriso de alegria, discreto e contente, seus olhos radiantes eram outras flores de brilho reluzente.
Ao altar nada existia, onde estava o noivo? Ora ninguém sabia, mas ela sabia que ele ainda nem existia e tinha medo que nunca fosse.
Mas todos ali logo compreendiam, o que importava um noivo se todo o resto ali estava e pouco a pouco ocupavam o lugar de uma pessoa que quem sabe imaginava longe ou perto dali, quase que o mesmo, uma outra quase perfeição.


Nenhum comentário:

Postar um comentário