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terça-feira, 18 de março de 2014

Sob o Olhar da Lua

Eu presenciava tudo de cima, ali de onde o mundo era somente meu e a noite e o silêncio eram meus eternos companheiros, mas na noite em questão eu a própria lua fui mera espectadora de outro momentos tão lindo quando meu próprio brilho quando banha-se no mar.
Sob uma luz fria, opaca e amarelada de postes daquela pequena praça dois jovens, dois sorrisos e um único olhar, nada previsto e nada programado, era tudo ocorrido em um mais perfeito suspiro, em uma trama digna de cinema e retratada dentro de um livro.
Ela ali sentada em um banco frio e ele ali compartilhando da mesma pedra fria, mas de corações quentes e acelerados, o que aconteceria nem mesmo eu a lua saberia.
Estavam ali entre conversar, olhares e um que outro toque levemente ocorrido, então do nada surge uma ideia quase que impassível de uma bicicleta que corta o vento e despertava sorrisos.
Ela com seus olhos doce e delicado deixava ser levada por aquele rapaz que suavemente a carregava, para um lado e para o outro balançando com um navio em uma tempestade, eu de cima também sorria, não tinha como não sorrir perante tão linda cena.
Em um canto escuro onde meus olhos não podiam ver aconteceu um beijo eu sei, podia não ver, mas sentia e escutava e como escutava, escutava um som apenas de uma única respiração e sentia o calor de um único corpo, ali onde meus raios brancos não podiam alcançar eu sabia que já não mais existiam dois, naquele canto era apenas um.
No fim da noite eu ainda espiava e admirava tudo aquilo com um sorriso bobo, igualzinho ao dela deitada em sua cama, ele eu já não sei, pois sua janela para mim estava fechada, mas além daquelas janelas um sorriso tão bobo quando o meu com toda certeza existia.
Concentrei meus raios sobre ela então e via seus grandes olhos reluzindo ao nada, ela fechou lentamente seus olhos, mas sabia que em sua mente para sempre estaria aquela noite e na minha também.
Todas a noites eu dou uma espiadinha naquela praça e mesmo que eles dois eu não veja eu lembro do momento que somente eu pude admirar.

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