Noturno quase como um vampiro de literatura, perco meu sono com uma facilidade que não se pode comparar, talvez nasci para viver sob o luar e sonhar com o sol lá no alto, talvez seja as doses excessivas de café prolongando seus efeitos e eu que sempre pensei não ser afetado por cafeína, não poderia ser, com certeza não é apenas uma inquietação noturna como tantas outras que sempre tenho.
Pela janela aberta escuto os que assim como eu não tem a capacidade do sono noturno, são no geral animais, carros desgovernados, bêbados e solitários, acredito que a lua seja a mãe de toda a escória noturna que ama em especial cada filho seu, cada filho em uma sarjeta ou em um quarto silencioso assim como eu.
Quebrando o silencio um pouco de bossa nova que me eleva a outros níveis quase como um sonhar, fechar os olhos e se levar pela poesia em melodias, não faço questão de escolhas, deixo a ironia da noite tomar tal decisão, no aleatório começa a tocar e novamente a ironia acertou, me eleva a Tom Jobim com Noites Tranquilas de Estrelas Calmas, dizendo assim "... Flutuando sobre o silêncio que nos rodeia..." a noite trata seus filhos com carinho único, como não retornar ao sossego noturno, com seu lençol de estrelas infinitas e de brilho incandescente em contraste com alguns desejos indecentes, a noite vai da inocência a soberba luxuria tão noturno assim como qualquer um desperto pela madrugada.
E o sol se levanta e com ele o sono acompanha até minha cama e outros tantos ao mesmo caminho se direcionar, pois se alguns despertam ao sol outro fecham seus olhos e por hoje por mais um dia sonhar para que na noite se possa viver.
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