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domingo, 6 de abril de 2014

Divagações Noturnas

De um lado para o outro na cama, sinto que estou a uma eternidade dormindo, faço um esforço mental para permanecer deitado, sei que é cedo ou tarde depende do ponto de vista, não importa, não vou levantar penso eu cá no escuro, meus sonhos são um tormento por isso que já não os tenho e em muitas noites evito sonhar e geralmente funciona muito bem, de meus sonhos pouco me lembro, mas não vem ao caso agora.
Não vou levantar, não vou levantar torno a repetir em sussurros que apenas meus ouvidos possam escutar, vou levantar, vou levantar, por que vou levantar está escuro é noite e em algumas horas vou ter que trabalhar, por que então levantar?
Ao fim que me rendo e resolvo levantar, sento em minha cama no escuro mesmo, ainda decidindo, não vou levantar, volte para a cama que o sono logo vem.
Balanço meu corpo para os lados inclinando mais ainda minha dúvida, levantar ou não levantar eis a questão.
Desisto e torno a deitar, de um lado para o outro a pensar, você tem que levantar, novamente sentado no escuro olhando para o nada, mas pensando você tem que levantar...
Então levando em um pulo só da cama, acendo a luz e fico parado ao lado da cama, ela me chama, mas meus pensamentos evitam que eu escute, venha deitar, venha deitar.
Olho para minha mesinha onde tenho alguns livros espalhados, procuro um papel e uma caneta, sei muito bem do que preciso, sei muito bem o que tenho o que fazer para dormir, tenho que simplesmente tirar tudo isso de minha cabeça e passar para algum lugar  e que melhor lugar que o papel, já que ele aceita tudo, aceitara também essas minhas palavras que insistem em não me deixarem dormir.
Escrevo quase que automático, na medida que escrevo o sono vai chegando e tomando seu lugar, devia estar por ai dando uma volta ou a lua olhando, escrevo e escrevo sem nem pensar apenas escrevo para que eu possa deitar e enfim sonhar ou não.
Linhas e linhas, parágrafos, virgulas e um ponto final, mas essas palavras não terminam aqui, levo elas junto aos meus sonhos para que lá elas possam ainda mais me atormentar.


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