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quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Apenas Mais um Livro

Estou onde sempre desejo estar, não importa onde nem como apenas sempre retorno para as palavras estas que nem sempre são minhas, mas de outros são de Dante, Verne, Pessoa,  Drumond e tantos outros que meus olhos possam ler e meu coração sentir.
Tomo para mim, faço destas palavras minhas.
Modifico...
Transformo...
Devoro...
Faço parte de um mundo em preto e branco com poucas gravuras, feito de papel, marcado por letras, marcado por rasuras, estraçalhado e remendado, sou homem sou livro... Sou os dois.
Me transporto para dentro, pulo de uma história para outra, me jogo contra capítulos, salto entre linhas e durmo em pontos finais.
Sou o capitulo novo e o final alternativo, posso ser uma contra capa, posso me tornar uma dura crítica posso ser apenas um livro esquecido em um banco abandona.
Tenho rimas e sonetos espalhado pelo meu corpo, quem sabe um rascunho em uma lata de lixo ou talvez um livro em sua décima edição.
Folhas soltas misturadas com outras formando assim um novo livro, sem sentido sem razão.
Mergulhado no mais profundo dos sentidos e no mais simples dos objetivos sou apenas mais um livro.
Atirado em um canto sujo e banido mesmo assim ainda um livro, sou dois, seis, cinquenta, duzentos... Sempre livro...
Sempre livre.
Ainda sou carne, sangue e pele, não palavras sem sentido, mas quando meu ponto final chegar e minha história ter seu fim quero ser ressuscitado pela forma mais digna pela forma mais bela, ressuscitado em palavras ressuscito em rimas.
Quero ser lembrado como um livro quero ser apenas mais um livro.

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