Há vinte anos Porto Alegre
nem tão alegre ficou
e um tanto que menos
poética se tornou
Quintana se foi
mas ficou
ficou eterno
manchado por seu versos
Em uma epígrafe
Quintana citou
"As únicas coisas eternas são as nuvens..."
então nuvem ele se tornou
Quintana era nota solta
mas que erro meu
ele ainda é
sempre será
Enchendo as vogais de vento
torando-se o vento
tornado-se
tudo
Nascido da poesia
e para a poesia retornando
onde o corpo morre
a poesia resiste
E todos que aqui estamos
ainda trilhando suas poesias
nós passaremos
você eternamente passarinho!
Mario de Miranda Quintana
(30/06/1906 - 05/05/1994)
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