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segunda-feira, 5 de maio de 2014

Ele Passarinho!

Há vinte anos Porto Alegre 
nem tão alegre ficou 
e um tanto que menos 
poética se tornou 

Quintana se foi 
mas ficou 
ficou eterno
manchado por seu versos 

Em uma epígrafe 
Quintana citou 
"As únicas coisas eternas são as nuvens..."
então nuvem ele se tornou 

Quintana era nota solta 
mas que erro meu 
ele ainda é 
sempre será 

Enchendo as vogais de vento 
torando-se o vento 
tornado-se 
tudo

Nascido da poesia 
e para a poesia retornando 
onde o corpo morre 
a poesia resiste 

E todos que aqui estamos
ainda trilhando suas poesias 
nós passaremos 
você eternamente passarinho! 

Mario de Miranda Quintana 
(30/06/1906 - 05/05/1994) 





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