Quando as únicas luzes da noite
são os raios
e os únicos sons
são feitos de trovões
todos buscamos
uma refúgio
uma coberta
um travesseiro
uma caneca
algo que daremos a ilusão
de escudo.
O medo brilha
entre as frestas da casa
e os sons barulhentos
ecoam dentro do peito.
A chuva despenca
molha e lava tudo
e os raios iluminam
os becos sujos a serem limpos
e os trovões são gritos do desespero
Um desespero que chega
aos poucos nos tornando indefesos
e feitos de chuva
indefesos de si próprio
a companhia pra noite
é nossa cama
é nosso medo.
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