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sábado, 3 de maio de 2014

Nau da Loucura no Céu das Ideias

Impaciente ele esperava pois escolha não tinha e nem precisava, tinha reservado aquela noite ou dia, ele já não sabia, pois metade do céu era claro e a outra teimava e escurecia, no fim então era meio dia e meia noite, bom ele ali parado esperando e tão nervoso já teimava e escrevia.
Sentado em uma mesa verde, mas não um verde comum era verde limão e de limão era feita e seu cheiro era da mesma fruta, cada mesa de cada cor tinha seu cheiro, o rosa tutti-frutti, o roxo uva, o marrom chocolate...
Mas aquele momento era do verde limão bem limão e bem verdinho, aquilo ajudava ele a se distrair até que SIM ela chegaria.
Rindo e gesticulando já respondendo por sua demora:
-Estava no banho e o atraso e compreensível e não diga nada, apenas esqueça.
Ele odiava e gostava ao mesmo tempo quando ela fazia isso.
-Tudo bem já foi esquecido. E espero que tenha trazido sua caneta pois a minha aqui está.
-Claro que sim, não saio de casa sem a caneta escreve céu.
Isso mesmo caneta escreve céu, pois aquela rabiscava as nuvens o sol e a lua, contornava estrelas e desenhava cometas, fazia chover e logo depois um arco-íris aparecer.
Deitados na grama apontando ao céu, divagando ao léu ao nada cantarolando "...nau da loucura no céu das ideias..." e por ai vai entre tantas outras coisas que meu ouvido de água não poderia escutar.
Eu ali despercebida apenas percebia como uma chuva que vem no fim do dia e refresca a alma, eu sou o lago que fica logo ao lado e no céu uma homenagem recebia, um desenho de minha face contornada por um sol e por uma lua, estrelas e nuvens se expressavam em meus sentimentos, tão reais quanto diante de um espelho.
Abismado fiquei que quase nem percebi quando cada um para seu livro voltou e eu ali fiquei, esperando mais uma meio dia, meia noite ser rabiscada ali em cima, ali no céu.



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