Se revirar na cama por horas já era normal, agora ter uma
boa noite de sono como uma pessoa normal isso ela já não conseguia, estava
viciado na noite inebriado por seus cheiros e cores sombrias, lugares frios e
sem vida, becos sujos machados de sangue.
Uma, quarta, decima, xícara de café, e o estalar da maquina
de escrever não tem descanso, entre uma espeça fumaça que cerca seu quarto,
apenas uma saída de ar, enquanto a lua estava no céu ele mantinha o mesmo ritmo
frenético de estalar e de beber café.
Uma que outra espiada pela janela, lá fora tão sem vida
quanto qualquer outro lugar, naquele momento a única vida da madrugada era de
sua imaginação essa sem limites humanos, sem fraqueza e sem misericórdia racional.
Ao chegar o sol e dissipar as sombras da noite com ela se vai
à inspiração e agora o café já esta gelado, o mundo agora estava vivo enquanto
ele morria, ao menos ate a próxima noite.
Nenhum comentário:
Postar um comentário