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segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

A Mão Direita de Deus - Crucificação - Part III

Ele era limpo, era como se nem existi-se, se não fosse pelos corpos poderia dizer que eu estava louco, quem sabe era isso mesmo o demente era eu mesmo.
Os resultados da autópsia não ajudaram em nada, apenas o mesmo do outro corpo, sem sangue, plastificação total, ao que parecia o assassino queria manter aqueles corpos para sempre, talvez  cada corpo era  como um troféu, a realização de sua obra prima, de seu crime, a marca de Deus que ele deixava para os outros mortais, deixava para os pecadores da terra. 
Eu estava dedicando muito tempo para aquele caso já estava beirando a insanidade, quem sabe eu mesmo poderia me tornar um assassino.
Temendo pela segurança de minha família, pedi para minha esposa e filha passar um tempo na casa de meus pais, era uma cidadezinha afastada da civilização e com elas longe poderia dedicar integralmente minha atenção ao caso.
Tentava buscar um padrão em tudo aquilo, já sabia que o nosso assassino pregava uma justiça divina, ou assim pensava ser, ele devia ser um homem religioso, quem sabe um padre ou algum membro de alguma ceita, mas com certeza religioso e um grande conhecedor da palavra de Deus. 
Para pregar tal justiça ele próprio devia ter sofrido nas mãos de um pecador, um homem religioso com antecedentes de tortura, sofrimento, uma infância perturbadora pois não é assim que geralmente os psicopatas são, pois bem, eram apenas suposições, mas já era algo, era por ali que começaria, o nosso assassino poderia achar que tinha a justiça de Deus ao seu lado, mas um dia Deus o abandonaria, e neste dia eu estarei pronto para impor a minha justiça a ele.  

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