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segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

A Mão Direita de Deus - Segunda Sentença - Part III

Clarice e Rodolfo trocavam olhares, cochichavam tentando bolar alguma forma de sair daquele local, mas estavam bem amarrados e no estado que se encontravam seus planos quaisquer que fossem eles não poderiam ser executados.
O homem retirou o capuz que cobria seus rosto, o casal olhava atentamente para ele tentando reconhecer aquela face, mas nada chegava até suas mentes, aquele homem ere um completo desconhecido.
Tentando manter a calma Rodolfo respira fundo e tenta trocar algumas palavras com o homem:
-O que você quer conosco? Dinheiro? Se for isso, vamos a um banco e eu lhe dou tudo que tenho, apenas deixe irmos para casa, não se preocupe não vamos procurar a policial, apenas deixe-nos livre...
O homem não expressava resposta nenhuma, nem com seus olhos muito menos com sua fala.
Ela andou até o altar e retirou de dentro de uma gaveta uma pequena caixa, dali ele delicadamente tirou uma taça brilhante de cor dourada e uma garrafa com um liquido avermelhado dentro ao qual parecia ser vinho. Da gaveta ele retirou também um pano retangular na cor vermelha com uma abertura para a cabeça e com uma grande cruz branca desenhada no peito, colocando por cima de sua roupa exatamente igual as utilizadas pelos padres em realizações de missas.
 Em suas mãos uma grande bíblia de capa recoberta por couro ele abriu e começou a ler uma passagem que dizia:
-Aqueles a quem perdoares os pecados lhes são perdoados e aqueles a quem os retiverdes lhe são retidos.
Sua voz era calma assim como suas expressões, nem os gritos de desespero de Clarice o tiravam sua atenção, ele permanecia concentrado somente naquelas palavras. Após terminar a leitura, retornou a fala:
-Ó pecadores, hoje seus crimes serão pesados na balança divina, e eu o todo poderoso vou decretar sua sentença, por muito tempo fostes absolvidos pela lei dos homens, mas pela lei de Deus vocês serão condenados. Digam agora que se arrependem de seus pecados mundanos e que buscam a salvação eterna.
Rodolfo e Cecilia, não compreendiam toda aquela situação, se olharam e em um sinal positivo com a cabeça confirmaram o sim.
E ele retornou a falar:
-Pois bem, agora que estão puros e limpos pela palavra do Senhor, podemos prosseguir.
Os dois permaneciam escutando as palavras de salvação daquele homem, que se referia ao próprio Deus como sendo ele mesmo. Ele retornou para perto da messa e de dentro da caixa retirou uma pequena faca e levantado sobre sua cabeça dizendo:
-Aquele que oferece o sacrífico de louvor me glorificará, e aquele que bem ordena o seu caminho eu mostrarei a salvação de Deus.
Ao terminar de falar aproximou-se dos dois e com a lamina de sua faca cortou os pulsos de Clarice e Rodolfo, um pequeno corte, mas o suficiente para fazer o sangue escapar por suas veias.
O sangue escorria por entre seus dedos e misturava-se com a sujeira do chão refletindo o brilho da lua em rubro e quente liquido, logo abaixo ele colocou uma bacia para coletar o sangue do casal impedindo assim que uma poça de sangue se formasse no chão.

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