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quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

A Mão Direita de Deus - Terceira Sentença - Part II

Rose saiu correndo da loja de ferragens, buscou abrigo em uma pequena capela que estava localizada no fim da rua, o local estava vazio, ela sentou-se na ultima fileira de bancos e chorando implorava a Deus que tudo aquilo tivesse um fim.
Já era quase oito horas da noite, Moacir preparava-se para fechar a loja e retornar para sua casa, como de costume fechou as janelas desligou o rádio e trancou a porta e dirigiu-se para o estacionamento ao lado da loja, onde seu carro estava, havia apenas dois carros no local o sport de cor azul metálico de Moacir e logo atrás obstruindo sua saída um furgão na cor preta.
O local estava escuro, mas Moacir podia perceber um vulto dentro do outro carro, aproximou-se e cutucando com o dedo apontava para para seu carro e gesticulava com os braços, mas o outro carro nem se movia, novamente Moacir bate no vidro do carro agora com mais intensidade e com uma expressão de raiva diz:
-Você está surdo, vamos tire essa sua lata velha dai que quero sair com meu carro.
Parece que sua demonstração de fúria havia surtido efeito, ele podia escutar o movimento de dentro do carro, e viu que a sombra se mexia lá dentro e a porta se abrir, ao colocar seu olhos no outro motorista Moacir ficou surpreso, era o padre, aquele mesmo que havia negado sua filha algumas horas atrás, ora ao certo tinha arrependido-se e queria agora o corpo da jovem, pensava ele.
-Tarde de mais Padre, ela não está aqui! Devia ter aproveitado naquela hora, volte amanhã que damos um jeitinho.
Moacir voltou-se para seu carro, abriu a porta, mas percebia que o Padre continuava parado no mesmo lugar.
-Vamos nessa Padre, não me faça tirar seu carro a força dai, esse carro vai sair daqui com você dentro ou embaixo dele. E por hoje chega, volte amanhã.
O padre novamente não falou nem esboçou reação alguma de que vá tirar seu carro dali, pelo contrário ele aproxima-se de Moacir e com um pequeno porrete acerta a nuca do homem que cai inconsciente ao chão.
São nove horas da noite, preocupada com o atraso de seu marido, Sandra, esposa de Moacir entra em contato com a policial, ele nunca se atrasava, e depois de um tempo começou a ficar impaciente.
Uma patrulha foi em direção a loja de ferragens, havia dois policiais, um ficou no carro e o outro foi checar a loja, tudo estava trancado e nenhum sinal do homem, ao fazer a volta no local, viu um carro estacionado com uma da portas abertas, achou estranho e foi em direção ao carro abandonado para verificar, ao chegar mais perto nada constatou o carro parecia que tinha sido abandonado, as chaves estavam atiradas ao chão, havia algumas marcas no solo de terra batida, como se um objeto grande fosse arrastado, dentro do carro apenas um pequeno recorte que dizia:
"Não contaminarás a tua filha, fazendo-a prostituir-se; para que a terra não se prostitua, nem se encha de maldade. Levítico 19:29"

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