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domingo, 16 de fevereiro de 2014

A Mão Direita de Deus - Segunda Sentença - Part II

Clarice foi amordaçada e seus pulsos e pernas amarrados, ela se debatia, mas não tinha saída, estava indefessa perante aquele misterioso homem. Ele não falava, nem fazia som algum, Rodolfo permanecia ainda inconsciente ao lado dela.
Clarice tentava fazer Rodolfo despertar, debatia seu corpo sobre o dele, esperando que ele despertasse e a salvasse, mas tudo era em vão.
O homem tinha saído de dentro da casa, entrou em seu carro e estacionou do outro lado da rua, bem na frente da garagem, desceu e abriu as portas de trás do carro e retornou para dentro da casa, primeiro pegou Rodolfo e o levou para dentro do carro, logo após foi a vez de Clarice que ainda se debatia e tentava gritar, atirou a moça dentro do carro da mesma forma e fechou as porta, entrou novamente em seu carro e sumindo na escuridão da rua.
Ele dirigiu por quase uma hora até parar, Clarice de dentro do carro podia escutar o homem que descia do carro e ao que parecia abria um portão, retornando logo em seguida para dentro do carro e dirigindo mais um pouco, ate que parou  definitivamente abrindo as portas do furgão.
Ao ser retirada do carro, Clarice pode ver onde estava, não era um local que conhecia e mesmo com a escuridão que havia podia facilmente observar o local, era uma construção antiga algo que lembrava uma igreja, era toda feita de pedras escuras de grandes janelas, todas pelo que via estavam lacradas com pedações de tábuas pregadas em sua frente, tinha um única entrada uma grande porta, e no centro da construção um torre destruída.
Dentro daquele lugar não havia muitas coisas, tinha um pequeno altar no centro com algumas velas acesas, na verdade a única luz que havia ali eram de velas espalhadas por todo o local, em um canto percebia-se uma cama e ao lado uma messa com alguns livros em cima, o teto era apenas a imensidão do céu estrelado, pelas paredes algumas imagens sacras e estátuas de santos, ao que parecia aquele local fora a muito tempo uma igreja, o ar estava pesado e ela sentia um forte cheiro de sangue que impregnava aquele local.
Ela foi colocada sentada sobre uma cadeira, continuava amordaçada e seus pés e mãos amarrados agora em uma cadeira, Rodolfo estava sentado da mesma forma ao seu lado.
O homem sumiu por alguns instantes, retornou com um balde em suas mãos dentro havia água que ele atirou na cara de Rodolfo fazendo assim ele despertar bruscamente de seu sono induzido pela pancada, ele demorou alguns segundos para compreender o que estava acontecendo, olhou ao seu redor, viu Clarice amordaçada e em sua face uma expressão de horror, ela fazia força pra falar algo, mas aquele pedaço de pano a impedia.
Pela primeira vez Rodolfo podia encarar a face de seu agressor, ele estava parado a sua frente, em seu rosto mantinha uma expressão de calma, seus olhos fixos o encaravam sem nem piscar, ele aproximou-se e retirou a mordaça de Clarice, ela gritou, mas o homem nem se importou, sabia que ali ninguém poderia escutar seu gritos ou pedidos de socorro, ali onde eles estavam apenas aquele homem poderia ouvi-los.

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